"O Código de Processo Penal está caduco", afirma tenente-coronel Bittencourt

O comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Wellington Bittencourt, concedeu uma entrevista para as programações jornalísticas das emissoras Novo Nordeste AM 570 e Nova 103,3 FM, onde tratou de diversas questões. Iniciou falando sobre o pátio do referido Batalhão, que está lotado de veículos apreendidos.
"Ele traz problemas, mas é o retrato das ações de trânsito, principalmente, na cidade de Arapiraca. Temos um pátio com mais de trezentas motos e mais de uma centena de veículos, sendo que já houve a remoção de uma parte", destacou. Lembrou que algumas medidas vem sendo solicitadas desde 2010, mas o comando está conseguindo aumentar o número de veículos removidos para Maceió.
Sobre o aumento no número de ocorrências relacionadas a embriaguez no trânsito da região, disse ser uma situação preocupante, avaliando que a sociedade tem assumido um comportamento social contrário da lei. Ainda de acordo com o comandante, muitos agem dessa forma acreditando "que o processo vai ser lento, com a possibilidade da impunidade lá na frente". Na avaliação de Wellington Bittencourt, "o Código de Processo Penal está caduco".
"Nós vemos alguém ser preso hoje e amanhã está solto. Então, a sociedade tem que cobrar do Judiciário ações mais contundentes. Independe da arma que o acusado utilize, seja de fogo ou um veículo que ele saia embriagado, matando, atropelando ou fazendo qualquer coisa", comentou o oficial.
Roubos de moto
Aumentou consideravelmente o número de registros relacionados a roubos e furtos de motos, sendo que a maioria dos envolvidos são bastante conhecidos da polícia. Sobre a questão, o comandante do 3º BPM avaliou que existe uma omissão da própria sociedade. "A sociedade ela é omissa, porque ela sabe quem faz, quem deixa de fazer e cobra apenas da polícia e não cobra (da Justiça) que esses elementos se mantenham presos. As figurinhas são as mesmas e porque estão nas ruas?. A PM prende e porque eles não estão na cadeia, no presidio, seja onde for?", indagou.
Menores
O tenente-coronel Wellington Bittencourt foi contundente ao analisar a redução da maioridade penal. "Quando é preto, pobre ou mora num bairro desfavorecido, todo mundo quer que mate, prenda, faça e aconteça. Quando é filho de um doutor, de um juiz, de um advogado, de um policial, todo mundo quer passar a mão em cima. Isso é outra hipocrisia existente no país. No meu ponto de vista é o seguinte, foi autor – independente de idade- deve responder". Ressaltou que só devem ficar livres pessoas com deficiência mental.
Na avaliação do oficial, reduzir a idade penal não resolve problema algum. "Os políticos, de maneira geral, devem buscar oferecer a população colégio, assistência à saúde pública, segurança e dignidade para a sociedade que os elege, do vereador ao presidente da república", comentou. Concluiu afirmando que essa condição é que permitirá a sociedade sair desse conflito social, no qual o homem de bem vive refém da bandidagem.
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