HGE registra aumento de vítimas de acidentes de fogueiras e fogos de artifício
Apesar do encerramento das festas juninas, a equipe multidisciplinar do Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital Geral do Estado (HGE) continua atuando para tratar das vítimas de queimaduras causadas por fogueiras e fogos de artifício. Segundo levantamento feito pela unidade hospitalar, durante o último mês de junho foram internados 16 pacientes e 37 necessitaram de atendimento ambulatorial. Destes, três foram internados por acidente em fogueira, cinco atendidos por manuseio de fogos de artifício e um evoluiu para óbito.
Em junho do ano passado, o CTQ também registrou 16 pacientes internados, sendo um apenas envolvendo fogueira. Também foram notificados 54 atendimentos ambulatoriais, sete deles envolvendo fogos de artifício.
“Este ano percebemos um aumento no número de casos desta natureza durante o período junino. Mas é preciso lembrar que os acidentes com fogo não estão ligados apenas às festas juninas. O descuido dos pais durante as férias escolares facilita a ocorrência de mais acidentes também dentro de casa, como durante o cozimento do alimento”, alertou o cirurgião Thyago Carvalho.
Constatação
Uma das vítimas de fogueira foi Maria Cecília da Silva, de apenas 3 anos. Segundo a mãe da garota, Rosa Maria da Conceição, a criança caiu sentada dentro das brasas por circunstância ainda desconhecida, no Povoado Santa Fé, em União dos Palmares. “Não sei se ela foi empurrada ou trombou em alguém. Apenas soube que caiu uma menina na fogueira e quando vi era ela. O arame, que prendia a madeira, chegou a agarrar na perna dela e ela teve queimaduras na mão e perna direita, além do bumbum”, disse.
Outra vítima do fogo foi José Lino Filho, de 67 anos, residente no Povoado Luziápolis, em Campo Alegre. “Eu comprei uma espiga de milho e decidi assá-la. Quando fui acender o fogo, em madeira seca, joguei um fósforo e esperei as chamas. Mas um vizinho decidiu jogar óleo diesel e houve a explosão. O fogo atingiu minhas duas pernas, braço esquerdo e minha nádega”, contou.
André Ferreira da Silva Filho, de 9 anos, também foi uma das vítimas de fogos de artifício que necessitou de atendimento no HGE. Junto com um primo, ele decidiu comprar bombinhas escondido dos pais e acabou sofrendo um acidente. “Ele soltou uma bomba e guardou as outras no bolso, junto com o fósforo. Com o atrito e a movimentação da perna, a bomba inflamou e quatro explodiram no bolso. Então o trouxemos às pressas, mas ele só necessitou de atendimento ambulatorial”, disse o pai de André.
Cecília teve queimaduras de primeiro e segundo graus em 11% de seu corpo. Já José Lino sofreu queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus e está com 31,5% do corpo queimado. Na tarde desta quarta (01), ele precisou passar por um debridamento, que é a remoção do tecido desvitalizado presente na ferida, com o objetivo de promover a limpeza da ferida, deixando-a em condições adequadas para cicatrizar, além de reduzir o conteúdo bacteriano, impedindo a sua proliferação e, ainda, preparar a ferida para que passe por uma intervenção cirúrgica ou para a cicatrização propriamente dita.
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