Está sendo julgado desde o início da tarde desta segunda-feira (27) o réu Diogo de Melo Silva, acusado de matar Rafael Sarmento Cavalcanti de Gusmão Lima e Silva no dia 7 de junho de 2013, na rua José Cabral Acióli, no bairro Ponta Verde, em Maceió. A sessão ocorre no Salão do 1º Tribunal do Júri do Fórum da Capital, no Barro Duro, e está sendo conduzida pelo magistrado Maurício César Brêda Filho, titular da 7ª Vara Criminal.

O Ministério Público de Alagoas (MP/AL), por meio da promotora de Justiça Martha Bueno, sustenta que Diogo de Melo deve ser condenado por homicídio duplamente qualificado, já que Rafael Sarmento teria sido morto por vingança e não teria tido chance de defesa.

“Há 20, 30 dias do crime, um chefe do tráfico, de nome David, teria levado um soco do réu. Como o Rafael tinha alguma ligação com este David, o Ministério Público entende que Diogo o matou para mandar um recado para o traficante. O jovem, que estava desarmado, foi morto por motivo desprezível, sendo alvejado com nove tiros de arma de fogo”, disse a promotora.

A defesa, por sua vez, alega ao Conselho de Sentença que o crime foi praticado por legítima defesa. “Diogo se desentendeu, por causa de sua esposa, com um traficante da área de Jatiúca chamado David, superior na cadeia de tráfico de Rafael, que deve ter recebido ordens ou até mesmo tentado contra Diogo para mostrar que poderia realmente fazer parte daquela organização criminosa”, disse o advogado James Theotonio.

A promotora de Justiça Martha Bueno criticou a tese da defesa. “20, 30 dias depois de discutir com David, Diogo vim alegar uma legítima defesa contra o Rafael? Porque ele não foi procurar o David?”, questionou a representante do órgão ministerial.