Barriga Cheia ocupa áreas ociosas e garante alimento para o agricultor familiar
O suor no rosto de seu Sebastião Firmino se misturava à felicidade de ver a carroceria do pequeno caminhão repleta do feijão de corda que vai alimentar a família e complementar a renda pelos próximos meses. Firmino faz parte de uma das mais de duas mil famílias beneficiadas pelo programa Barriga Cheia, executado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Pesca e Aquicultura, em parceria com usinas de cana de açúcar e as prefeituras de Maceió, Campo Alegre, Teotônio Vilela e Junqueiro.
Lançado em abril, no Conjunto Benedito Bentes, pelo governador Renan Filho e pelo secretário de Estado da Agricultura, Álvaro Vasconcelos, o programa Barriga Cheia distribuiu cerca de 26 toneladas de sementes de feijão de corda e feijão de arranca para plantio em áreas ociosas cedidas pelas usinas nos quatro municípios. O resultado da ação começou a aparecer na última terça-feira (4), em Campo Alegre, quando foi realizada oficialmente a primeira colheita oficial do governo Renan Filho.
Natural de Teotônio Vilela, o agricultor Sebastião Firmino, o “Tião de Dona Neuza”, fazia naquele dia a colheita de feijão em um terreno cedido ao Barriga Cheia pela Usina Porto Rico, em Campo Alegre. Seu Tião estava ao lado de familiares e amigos quando foi abordado pelo secretário Álvaro Vasconcelos.
“Com 20 quilos de sementes deu para plantar essas quatro tarefas de terra. Com duas sacas colhidas, já tiramos esses 20 quilos. Cada agricultor da cidade vai receber um saco de feijão para comer. Aqui não é nada para vender, é para o povo comer. Na semana passada, eu tirei mais de 30 sacas daqui e dei feijão a todo mundo na Fazenda Madeira, onde eu nasci. Todo mundo lá tem o seu feijão pra comer”, disse o agricultor ao secretário.
Ainda na conversa com o secretário, Seu Tião também elogiou a qualidade das sementes distribuídas pelo Governo do Estado. “Isso é uma semente de vergonha”, disse o agricultor, com as mãos cheias de feijão. “Eu nunca vi uma semente tão boa como essa. Semente limpa, de primeira qualidade. Isso aqui mata a fome do povo de Teotônio Vilela e de qualquer cidade. Isso é muito importante”, completou.
Em sua simplicidade, Sebastião Firmino conseguiu emocionar o secretário Álvaro Vasconcelos e resumiu o foco central de todos os esforços do Governo do Estado para impulsionar a agricultura familiar e diversificar a produção de alimentos em Alagoas. “Colocar comida na barriga do povo. Isso é lindo demais. Todo mundo aqui leva um saco de feijão, dois, três. O importante é isso: é você ter certeza de que o povo está de barriga cheia. O senhor sabia, secretário, que com o povo de barriga cheia, a violência diminui?”.
“É exatamente esse trabalho que entusiasma o governador Renan Filho e que ele quer desenvolver ainda mais no Estado de Alagoas. Onde tiver uma área ociosa, ele quer distribuir semente para o povo ter o que comer. O programa Barriga Cheia serve para isso: para o agricultor comer, guardar e dar aos vizinhos”, disse Vasconcelos, lembrando a grande quantidade de feijão deixada para secar no acostamento de quase todas as rodovias na região de Teotônio Vilela, Campo Alegre e Junqueiro. “Esse é o feijão que vai alimentar as famílias desses agricultores pelo resto do ano. Nada disso seria possível não fosse pela nossa parceria com as usinas e as prefeituras”, ressalta Vasconcelos.
“No ano que vem, queremos aumentar a quantidade de sementes distribuídas e o número de agricultores familiares beneficiados pelo Barriga Cheia e pelo programa de Distribuição de Sementes do Governo do Estado. O pequeno agricultor é, e será sempre, o foco das nossas ações. Com isso em mente, tenho certeza de que Alagoas vai atravessar essa crise e se tornar um Estado mais forte, com uma agricultura eficiente, diversificada e sustentável”, completou o secretário de Agricultura.