Família de artista plástico morto durante confronto não acredita na versão policial
Os familiares do artista plástico Luciano Amorim da Silva, de 39 anos, que morreu durante uma troca de tiros com a polícia na manhã desta quinta-feira (13) na cidade de Junqueiro, não acreditam na versão oficial da instituição de segurança pública, que aponta o parente como membro de uma quadrilha que planejava sequestrar uma empresária de Arapiraca e na suposta troca de tiros com os policiais.
O irmão de Luciano, jornalista Marcelo Amorim, informou a equipe de redação do Portal 7 Segundos que seu irmão não tem nenhum envolvimento com crime. "Para o meu irmão todo mundo é igual. Ele era um bonvivant que vivia na diversão e tinha alma de artista, mas não tinha nenhum envolvimento com coisas ilícitas", disse.
O jornalista contesta ainda a forma truculenta como os agentes teriam adentrado a propriedade. "Pelo que eu consegui apurar, mais de dez homens chegaram na fazenda já querendo derrubar a porta do caseiro. Ele estava dormindo com sua esposa e três filhos, que entraram em pânico. Alegaram ter recebido uma denúncia e reviraram a casa inteira. Em seguida teriam ido até a casa principal onde meu irmão dormia com os amigos", disse.
Além de Luciano Amorim, dois homens também foram executados durante a ação policial, mas até o momento os outros envolvidos não foram identificados.
Luciano também era irmão do Médico Urologista Dr. Lenildo Amorim, que preside a Unimed Metropolitana do Agreste, com sede em Arapiraca.
Segundo texto publicado no site oficial da Polícia civil sobre o caso, o diretor de polícia judiciária área 2 (DPJ 2), Mário Jorge Barros informou que o grupo possuía uma lista com nomes de empresários, que seriam sequestrados.
De acordo com a nota, o grupo também era investigado por assaltos a banco, roubo de veículos e tráfico de drogas, e estariam escondidos na fazenda onde foram assassinados, na zona rural de Junqueiro.
Além da DPJ 2, também participaram da operação, a Delegacia Geral da Polícia Civil, Seção Especial de roubo a Bancos (Serb), Tigre e a Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic).
Contraditório
A equipe de reportagem do Portal 7 Segundos tentou entrar em contato com a Delegacia de Junqueiro, mas os agentes informaram que estavam de posse apenas do Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e não tinham informações sobre a operação. A Delegacia Regional de São Miguel, da qual Junqueiro é subordinada, informou que não participou ação policial.
A contradição não para por aí, pois o caseiro da propriedade foi ouvido em um dos departamentos da Delegacia Regional de Arapiraca.
A assessoria de comunicação da Polícia Civil informou que a ação teria sido coordenada pelos Delegados Mário Jorge Barros, Filipe Caldas e Gustavo Xavier. Este último, que é responsável pela regional de Arapiraca, negou ter participação na operação.
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