Capital

Gerenciamento Costeiro flagra ações depredatórias em área da Piscina do Amor

Por Redação com Agência Alagoas 31/08/2015 21h09
Gerenciamento Costeiro flagra ações depredatórias em área da Piscina do Amor
Flagrante da prática de pesca com arpão e com rede no arrecife conhecido como Piscina do Amor, área de preservação ambiental (Fotos: Amanda Melo)

O saldo das ações de monitoramento da área de exclusão da Piscina do Amor, localizada na enseada da Pajuçara, em Maceió, durante o final de semana, foi o flagrante da realização de pesca com rede e com arpão. A equipe do Gerenciamento Costeiro do Instituto do Meio Ambiente (IMA) aproveitou ainda para dar continuidade ao trabalho de identificação do banco de algas existente naquela região.

Um grupo de quatro pescadores estava com uma rede de espera na área de exclusão e recebeu a equipe do IMA de forma agressiva. Eles argumentaram que não havia como pescar em outro lugar, mas tiveram que sair do local, que está fechado para esse tipo de atividade. Outra pessoa foi flagrada capturando lagosta com a ajuda de um arpão e também foi retirada da piscina.

As próximas ações de monitoramento poderão ser realizadas com apoio de policiais do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), para evitar confronto com pessoas que estejam utilizando a área de maneira indevida.

“A Piscina do Amor é um local que servirá como berçário para espécies que poderão povoar outras piscinas, outras áreas próximas. Dessa forma, ganha a biodiversidade da região e ganha também as pessoas que utilizam a área, seja para a pesca, turismo ou lazer. Antes da área ser fechada, nós nos reunimos com os segmentos que seriam afetados e conseguimos o apoio de todos”, comentou Ricardo César, coordenador do Gerenciamento Costeiro.

Durante outra ação de monitoramento, realizada no início de agosto, foram encontradas 14 boias de sinalização arrancadas ou danificadas por usuários. Todas tiveram que ser refeitas e recolocadas no local.

O arrecife conhecido como Piscina do Amor, com cerca de 42 hectares, foi definido como zona de exclusão por uma resolução do Conselho Estadual de Proteção Ambiental (Cepram), desde o dia 16 de junho. No local, estão restritos a exploração, explotação e usos diversos, como a pesca, turismo, recreação, prática de esportes, tráfego e fundeio de embarcações.

Além disso, o trabalho de levantamento e identificação do banco de algas existente na região, realizado durante o monitoramento, deverá ser utilizado em estudos que servirão para elaboração de um diagnóstico daquela região e que deverá disciplinar a pesca realizada com rede.