PM baleada na Ceagesp volta a ler e reconhecer números, revela mãe
A policial militar Adriana da Silva Andrade, baleada na cabeça durante furto a caixa eletrônico na Ceagesp em São Paulo (SP), voltou a ler e reconhecer os números, revela a mãe Sônia Andrade, moradora de Itapetininga (SP). A soldado de 29 anos está recuperando a memória depois do trauma causado por um tiro de fuzil de raspão na cabeça.
“Ela não conseguia ler as palavras e não se lembrava do significado dos símbolos dos números. Mas na quinta-feira [3] teve grandes avanços e conseguiu ler um pouco e lembrou até a senha do celular dela. Estamos muito felizes, mas a vitória completa será quando se recuperar completamente. Foram dias difíceis, mas hoje estou tranquila porque sei que ela vai melhorar”, conta Sônia.
Na quinta, a cunhada da PM, Rosângela Santos, celebrou a recuperação de Adriana e revelou que ela “chegou até a perguntar sobre o Eduardo [irmão da PM e marido de Rosângela] e pela sobrinha Aline, de 1 ano de idade [filha do casal]."
A policial saiu da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas entre quarta-feira (2) e quinta-feira (3). Adriana continua internada e estável. Detalhes sobre a recuperação da policial não podem ser informados pelo Hospital das Clínicas. Não há previsão sobre a data da alta.
Entenda o caso
Na madrugada do dia 26 de agosto, os assaltantes renderam o vigia no portão 12 da Ceagesp, por volta das 2h30. Parte da quadrilha foi até o caixa eletrônico e o restante esperou do lado de fora. A PM tinha sido chamada para atender outra ocorrência na região e não sabia do assalto.
Na fuga, na Marginal Pinheiros, o carro dos suspeitos cruzou com um carro da polícia, que era conduzida por Adriana. De acordo com outros dois policias, ela tentou dar marcha ré, mas não conseguiu escapar dos tiros e foi atingida por uma bala de fuzil, que entrou pelo para-brisa. O impacto do projétil deslocou um pedaço de 3 cm da calota craniana de Adriana da Silva Andrade e os fragmentos do osso atingiram uma área do cérebro responsável pelos movimentos.
Segundo o irmão Eduardo Andrade, Adriana sonhava com a profissão. Ela entrou na Polícia Militar em maio de 2013 depois de tentar por quatro vezes. A policial é solteira e mora em São Paulo desde então.
Prisões de suspeitos
Após o crime, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) ofereceu R$ 50 mil a quem fornecer informações que levem à identificação dos envolvidos. A polícia estima que cerca de 10 homens invadiram o entreposto comercial, explodiram o terminal e na fuga atiraram contra uma viatura da PM.
Na tarde de terça-feira (1°) um homem foi preso suspeito de atirar contra a soldado. Segundo a PM, ele foi detido em casa por agentes da Força Tática e, no momento da prisão, ele teria confessado a participação no assalto ao caixa e no ataque à Adriana. No entanto, logo depois, o homem negou ter participado do crime contra a policial. Não foram apresentados elementos suficientes que permitissem o pedido de prisão.
Nesta quinta-feira a polícia divulgou que outro homem, de 34 anos, foi preso suspeito de ter participado no crime. Ele foi detido junto com outro por suspeitas de integrarem quadrilhas especializadas em ataques a caixas eletrônicos na cidade de São Paulo.
Segundo os policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), o suspeito também é líder de uma facção criminosa com base operacional na cidade de Osasco, na Grande São Paulo, e confessou o crime. Ele também tem passagem por roubo e tráfico de drogas, e responde a processo judicial por homicídio. A prisão ocorreu após cruzamento de dados de criminosos que teriam participado de ações semelhantes.
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