Ainda não é oficial, as o novo calendário proposto pela Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal) e encaminhado nesta segunda-feira (28) ao Conselho Universitário (Consuni) não agradou muito a comunidade acadêmica.

O problema é que caso o documento seja aprovado, o ano letivo 2015.2, referente ao segundo semestre deste ano, só deve ter início em fevereiro de 2016. Muitos professores contrários à greve não gostaram da proposta, que indica ainda férias no mês de janeiro, mesmo depois de quatro meses de greve.

Durante a assembleia geral, realizada nesta segunda, uma comissão de docentes ficou responsável por elaborar a proposta de novo calendário acadêmico. O documento devia conter a garantia de duas semanas de revisão de conteúdo, isentas de qualquer tipo de avaliação; a garantia do recesso natalino; a garantia dos 200 dias letivos; além de outras exigências.

O professor do Curso de Comunicação Social, Ronaldo Bispo, criticou a proposta em um grupo voltado à comunidade acadêmica. De acordo com o docente, não é admissível férias em janeiro depois de tanto tempo em greve. "Férias em janeiro? Depois de 4 meses de greve? Isso não passa no Consuni", escreveu ele em sua publicação.

Vale ressaltar que só o Consuni decidirá as novas datas. De acordo com a assessoria de comunicação da Ufal, o Conselho se reunirá na próxima quinta-feira (01) para discutir a readequação do calendário acadêmico. A reunião está marcada para às 16h e será realizada na Sala dos Conselhos superiores, no prédio da Reitoria.

Segundo o reitor Eurico Lôbo, a Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) já está trabalhando na proposta de calendário, junto com as direções das unidades acadêmicas e as coordenações de curso.“Durante essa semana teremos várias reuniões da Prograd, que tem a missão institucional de articular essas questões. E na quinta levaremos a proposta para discussão e aprovação no Consuni”, explicou.