Utilizando alguns conceitos de mecânica e eletrônica, e programação C++ adaptada para arduino, os estudantes Clécio Soares dos Santos e Steffane Graziela da Silva, alunos do 3º ano do Ensino Médio Escola Estadual Ana Lins, em São Miguel dos Campos, construíram uma mão biônica, protótipo de mão utilizada por pessoas que tiveram o membro amputado.

De acordo com o orientador, o professor de Física, Diogo Tiago dos Santos, o projeto, campeão da feira de ciências da escola (Proceal), está em processo de evolução, resultando em mais duas mãos, capazes de realizar ações a partir de movimentos dos músculos dos braços e entre os dedos.

“A proposta é desenvolver um protótipo com valor acessível e com possibilidade de utilização na produção industrial, evitando exposição da mão humana e minimizando ainda riscos de acidentes”, explicou Diogo dos Santos.

A mão biônica, capaz de suportar um peso de até 10kg, será apresentada ao público na etapa regional da Feira de Ciências do Estado de Alagoas (Feceal), no dia 9 deste mês, na Escola Municipal Mário Soares Palmeira, em São Miguel dos Campos. A escola também recebeu convite para expor o projeto na XXI Feira Ciência Jovem, de 28 a 29 de Outubro, em Olinda, Pernambuco.

Regional - Além deste, mais quatro trabalhos representarão a Escola Ana Lins na etapa regional da Feceal, uma iniciativa da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) para estimular o interesse pela produção científica entre os estudantes da rede estadual.

Na ocasião, também serão expostos os trabalhos sobre manuseio dos alimentos no mercado municipal, de autoria dos alunos Nayara Rodrigues, Débora Santos e Mardoqueu Otaviano; sobre assoreação e degradação das sacolas plásticas, dos alunos Fernanda Rocha e Cristiano Pereira; sobre descarte do lixo em São Miguel dos Campos, por Crisanderson Vieira e Antoni Gomes e sobre o levantamento do quantitativo de hipertensos no município, de autoria dos estudantes Karolaine Santos e Jerlane Albuquerque. Todos estes são orientados pela professora de Biologia Alana Oliveira.

De acordo com o diretor da unidade escolar, Charles Valença, todos os trabalhos são voltados para práticas daquele município e estarão à disposição da gestão pública na sequência.

“Este ano realizamos a terceira edição da feira, que, a cada ano, vem mostrando evoluções. Percebemos o grau de maturidade dos nossos alunos este ano, com trabalhos de grande relevância e com possibilidade de serem revertidos em melhorias para a comunidade”, comemorou.