Renan afirma que nunca viu o lobista Fernando Baiano
Acusado de ter dividido uma propina de US$ 6 milhões com dois senadores e um ex-ministro, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), voltou a afirmar nesta terça-feira (20) que não conhece e nunca viu o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano.
Um dos delatores do esquema de corrupção que atuava na Petrobras, Baiano afirmou em um de seus depoimentos ao Ministério Público que houve um acordo entre Renan, o líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) e o ex-ministro Silas Rondeau – filiado ao PMDB – para dividir entre si suborno pago por meio de um contrato da Petrobras para alugar navios-sonda.
"Não conheço [Fernando Baiano]. Não tem nenhuma consistência [a delação premiada]. Não há fato, não conheço a pessoa, nunca vi", disse Renan ao chegar nesta terça ao Senado.
Fernando Baiano afirmou na delação premiada que o acerto envolvia um pagamento inicial de US$ 4 milhões para os envolvidos. No entanto, após o encerramento do contrato, o valor final da propina ficou em US$ 6 milhões. O valor, no entanto, teria sido dividido pelo lobista Jorge Luz.
Na semana passada, quando o Jornal Nacional revelou o teor do depoimento de Baiano, o presidente do Senado já havia dito por meio de nota que não conhece o lobista e "que não delegou, autorizou a ninguém falar no nome dele em qualquer circunstância".
Renan já é alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal – ao lado de outros 10 políticos – por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção que agia na estatal do petróleo. Além do presidente do Senado, são investigados neste inquérito os senadores Valdir Raupp (PMDB-RO), Edison Lobão (PMDB-MA), Humberto Costa (PT-PE) e Fernando Bezerra Coêlho (PSB-PE); os deputados Aníbal Gomes (PMDB-CE), Simão Sessim (PP-RJ), Eduardo da Fonte (PP-PE) e José Mentor (PT-SP); e os ex-deputados João Pizzolatti (PP-SC) e Roberto Teixeira (PP-PE).
Na maioria dos casos, os parlamentares são investigados por corrupção e lavagem de dinheiro, por suspeita de receberem dinheiro desviado da estatal em propina.
Renan prestou depoimento à Polícia Federal em agosto para esclarecer as suspeitas de que ele recebeu propina de fornecedores da Petrobras. O Ministério Público ainda não apresentou denúncia contra o peemedebista e nem recomendou o arquivamento das investigações.
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