Quadrilha que fraudava concursos é desarticulada
Uma organização criminosa suspeita de fraudar concursos públicos no Brasil foi desarticulada na manhã desta quarta-feira (21) durante uma operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) em Alagoas.
De acordo com a PF, agentes da Polícia civil (PC) podem ter envolvimento nos esquemas ilícitos.
Segundo as informações divulgadas pelo órgão, os criminosos fotografam o caderno de questões com microcâmeras durante a prova, permanecem na sala durante todo o período do concurso e, ao saírem, repassam as respostas aos candidatos por meio de ponto eletrônico.
A operação cumpriu sete mandados de prisão e nove mandados de busca e apreensão. A PF informou ainda que a mesma operação, denominada "Operação Afronta", foi deflagrada em Sorocaba-SP.
A ação policial ainda está em andamento em União dos Palmares e Maceió. As identidades dos presos ainda não foram divulgadas.
Foram apreendidos diversos celulares, pontos eletrônicos e ainda cartão de crédito falso para esconder celular. Segundo a PF, eles colocavam o cartão no bolso da camisa para parecer ser um conjunto de cartões, só que dentro está o celular escondido.
A fraude foi detectada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região de Sorocaba, que descobriu irregularidades no último concurso público para os cargos de analista judiciário e técnico judiciário e encaminhou os documentos para a Polícia Federal para instauração do inquérito.
Ainda segundo a PF, os líderes da organização criminosa monitoravam a publicação de editais de concursos públicos, e em seguida, quando o edital era publicado, os candidatos em ingressar na carreira através da fraude e integrantes da quadrilha, chamados "pilotos", se inscreviam.
Durante as investigações, a Polícia Federal utilizou o Sistema de Prospecção e Análise de Desvios em Exames (SPADE), um software desenvolvido pelo órgão para apurar as fraudes nas provas. O sistema é alimentado com gabaritos dos candidatos que fizeram a prova e varre as respostas em busca de coincidências, apontando os candidatos que apresentarem maior número de respostas semelhantes.
O software também indica se as coincidências eram esperadas ou não. Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa e fraude em certames de interesse público, podendo levar de 4 a 12 anos de reclusão.
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