Alagoas

Aneel não recomenda renovação da concessão da Eletrobras em AL

Por 7 Segundos com Reuters 13/11/2015 07h07
Aneel não recomenda renovação da concessão da Eletrobras em AL
Sede da Eletrobras em Maceió. - Foto: Reprodução

A pressão para que a Eletrobras, empresa responsável pela distribuição de energia em Alagoas, pague suas dívidas no estado foi intensificada depois que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) recomendou ao governo federal que não renove a concessão da empresa devido à inadimplência junto ao setor.

Uma das pretensões da estatal é manter a concessão para colocar a empresa à venda, como parte de um processo que já tinha sido iniciado pela Eletrobras em Goiás, com o oferecimento da Celg aos investidores ainda este ano.

O Diretor Financeiro da Eletrobras, Armando Casado, informou que a empresa não deixará que o governo federal retire a concessão da empresa. "É um valor muito baixo e vamos resolver o problema. A Ceal (antigo nome da Eletrobras em Alagoas) tem mais valia, é uma boa empresa e está na nossa lista de venda. Vou entrar diretamente no processo para resolver”, disse Casado à Reuters.

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que centraliza os pagamentos e recebimentos entre as empresas do setor, informou à Aneel que a Eletrobras Distribuição Alagoas devia cerca de 65 milhões de reais em meados de outubro.

O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, definiu a situação da distribuidora de Alagoas como “inaceitável”, uma vez que a empresa recolhe tarifas de seus consumidores, mas não cumpre com obrigações junto ao setor elétrico. “É realmente lamentável que a empresa chegue a essa situação”, disse Rufino, ao aprovar o encaminhamento de sugestão ao Ministério de Minas e Energia para que a concessão da empresa, vencida em julho deste ano, não seja renovada.

A Eletrobras Alagoas alega que tem enfrentado custos maiores que os contemplados nas tarifas – uma questão que tem sido destacada por diversas distribuidoras neste ano, conforme o maior custo de acionamento de termelétricas e o aumento do preço da energia de Itaipu, cotada em dólares, pressionam o caixa do segmento.