O Projeto de Salvaguarda do Patrimônio Imaterial de Alagoas, por meio do grupo de pesquisa Estudos da Paisagem, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), estará, entre os dias 19 e 22 deste mês, no Sertão do estado com o objetivo de realizar o levantamento e identificação das práticas culturais existentes na localidade.

Divididos em equipes, os profissionais estarão em campo nos municípios de Belo Monte, Pão de Açucar, Piranhas, Olhos d’àgua do Casado e Delmiro Gouveia.

Coordenado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em parceria com a Secretaria de Cultura de Alagoas (Secult) e Fundação para o Desenvolvimento do Ensino, Pesquisa e Extensão (Fundepes), o projeto, pioneiro no Brasil, teve início em Alagoas em março de 2015, utilizando a metodologia de pesquisa desenvolvida pelo IPHAN, Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC) para estabelecer a identificação e levantamento das práticas culturais, produzindo conhecimento sobre os domínios da vida social aos quais são atribuídos sentidos, valores e referências de identidade para determinadas comunidades.

No trabalho em campo, a equipe conta com o apoio da população. Serão quatro dias fazendo pesquisas e levantamento de dados para conhecer a história, cultura, as crenças e costumes dos moradores da região.

Divididos em oito sítios, os 102 municípios alagoanos serão mapeados até o início de 2016, através dos grupos de pesquisa Estudos da Paisagem, Representações do Lugar (Relu) e Grupo Nordestanças, ambos da pós graduação do curso de Arquitetura da Ufal.

“O Projeto Inventário e Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial de Alagoas possui variados focos de estudos, como os folguedos, mestres de reisados, casas de farinha, de taipa, elaboração de ofícios, cantigas, e várias manifestações culturais do Estado. Ao iniciar um movimento de conhecer os saberes produzidos pelo povo alagoano, estamos valorizando essa cultura e apresentando a sociedade”, ressalta a coordenadora do grupo Estudos da Paisagem, Maria Angélica da Silva.

Para mais informações sobre o projeto ou sugestões de bens, expressões e manifestações culturais da região, basta acessar as redes sociais do grupo, disponível no endereço: www.facebook.com/salvaguardaimaterial?ref=ts&fref=ts.