Litoral

Salário atrasado: educação protesta na Barra de Santo Antônio

Por Redação com Sinteal 08/01/2016 20h08
Salário atrasado: educação protesta na Barra de Santo Antônio
Manifestantes realizaram cortejo e funeral simbólico por toda a cidade

Na manhã desta sexta-feira (08), o Sinteal organizou um ato público com professoras/es, funcionárias/os de escola, alunas e alunos do município.

Desde o mês de outubro de 2015, os salários da educação estão atrasados no município de Barra de Santo Antônio. O 13º também não foi pago. Em situação de necessidade, a categoria foi à luta. O protesto começou com faixas espalhadas nas entradas da cidade.

Um “cortejo fúnebre” simbólico saiu da rodovia até a fachada da Pousada Jirituba, local onde habitualmente fica despachando o prefeito Rogério Farias e que levanta suspeitas de desvio de recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Consuelo Correia, presidenta do Sinteal, fez questionamentos sobre as verbas do município. “Ninguém tem acesso a essa folha, um documento público que mais parece uma caixa preta de avião. A educação é a mola mestra do desenvolvimento de um município, e o Rogério Farias não paga sequer o salário, quanto mais fornecer condições dignas para melhorar os índices”, disse ela.

O impasse já foi levado ao Ministério Público, que se posicionou contra a atitude do prefeito. Em seguida, uma tentativa de resolver o problema judicialmente, mas o juiz da comarca de Paripueira está protelando a decisão, prejudicando os trabalhadores. Darcir Acioli, secretária para assuntos municipais do Sinteal, denunciou a questão dos recursos repassados pelo Governo Federal, que não são bem administrados.

“Fomos informados que a folha de pagamento é em torno de 800 mil reais, também chegou a informação de que os recursos repassados variam, alguns meses chegou a ultrapassar 1 milhão de reais. Como é que ele justifica o não pagamento dos trabalhadores por tanto tempo? Não pode alegar falta de verba”, alfinetou Darcir.

Após diversas falas de lideranças em frente à pousada, e até mesmo dialogar com alguns turistas que chegaram ao local durante a atividade, o protesto seguiu até a prefeitura municipal, onde fez uma parada simbólica e mais críticas e denúncias. Em seguida, a caminhada foi até a câmara de vereadores, onde encerrou com o enterro simbólico do prefeito.