Filho de professor perde cargo de chefia em Traipu

Um servidor público que trabalha na Guarda Municipal de Traipu perdeu o cargo de inspetor porque o pai dele participou do protesto contra o atraso de salário. O protesto foi realizado por servidores da educação na manhã desta quinta-feira (28) no Centro de cidade.
O Portal 7Segundos entrou em contato com os familiares do servidor público João Jadson Matos, que exercia até ontem a função de inspetor , e eles confirmaram a denúncia.
O pai de João Jadson é professor concursado no município e participou da manifestação. Segundo os familiares, após o protesto, o comandante da guarda municipal Humberto Gameleira, comunicou a perda do cargo de inspetor ao funcionário público. “Não há como você permanecer no cargo. Com a participação do seu pai durante o protesto a prefeita teve a certeza de que você e sua família não vão votar nela”, teria dito o comandante.
O comandante da guarda municipal, Humberto Gameleira, confirmou que João Jadson Matos deixou de exercer o cargo de inspetor, mas a motivação não foi política.
Segundo Gameleira a medida foi em função da adequação do Plano de Cargos e Carreira (PCC) da guarda municipal que já foi aprovado pela Câmara Municipal e deve ser implantado em julho. " Em um dos artigo do PCC a função de inspetor ser exercida por servidores mais velhos, que não é o caso do filho do professor", explicou Humberto Gameleira.
Perseguição antiga
A família afirma que a perseguição e retaliação da prefeita Conceição Tavares aos servidores públicos que não concordam com os desmandos da atual gestão é antiga.
Jacira Mattos é mãe do guarda municipal que perdeu o cargo de inspetor, assim como o esposo e o filho, ela também é servidora púbica e exerce o cargo de técnica de enfermagem na Casa Maternal do município. “Votamos em Conceição Tavares para prefeita mas quando começamos a reivindicar nossos direitos começamos a sofrer retaliação”, afirmou a servidora.
Ela contou que o esposo trabalhava na Secretaria Municipal de Educação e quando começou a participar dos protestos em função de atraso nos salários e outros direitos negados, ele foi transferido para o povoado Areias, zona rural de Traipu. “O lugar é muito distante de onde a gente mora foi uma forma de punir o meu esposo”, relatou a servidora.
Jacira Matos contou também que as duas filhas dela, uma estudante de enfermagem e outra de Serviço Social, eram contratadas pelo município e perderam o emprego. Jacina relatou que durante o período que a prefeita Conceição Tavares ficou afastada do cargo determinou que ninguém fosse trabalhar enquanto o Erasmo Dias estivesse assumindo a prefeitura.
“Como minha filha trabalhava no setor de produção da Casa Maternal, ele foi trabalhar somente dois dias durante a gestão do Erasmo Dias para enviar o relatório para que a Secretaria Estadual de Saúde enviasse os recursos, assim o serviço hospitalar e os pacientes não seriam prejudicados. Por causa disso ela foi demitida”, desabafou.
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