Deficiente visual inova com empresa de braile em Arapiraca

Lucas Bruno de Farias, 21 anos, arapiraquense e deficiente visual de nascimento. Ele não enxerga com os olhos, mas vê com a alma.
O jovem empreendedor criou a empresa Le Braille para fabricar placas indicativas na linguagem dos cegos e inova no mercado de Arapiraca.
A cidade nordestina e alagoana que ocupa o 4º lugar na abertura de novas vagas de trabalho e está no ranking da empregabilidade, de acordo com o Ministério do Trabalho não poderia deixar de lado a questão da acessibilidade.
Pelo menos por parte da iniciativa de Lucas de Farias com a Le Braille, que já criou cardápios com o alfabeto dos deficientes visuais e que pode ser visto em alguns restaurantes da cidade como o Ilha do Pirá e Zé Baixinho, entre outros estabelecimentos.
Para ir mais além, o empreendedor vai ampliar os produtos da empresa com placas indicativas em braille para serem postas nas fachadas das lojas, entradas de banheiros, recepções, salas.
"Como deficiente visual tenho muita dificuldade em saber, de fato, onde estou, qual loja, onde é o banheiro masculino. Então tive essas ideias e estou colocando-as em práticas através da minha empresa", disse Lucas de Farias.
Enxergar o que o mercado não tem não é para muitos. E Lucas é um desses empreendedores que surgem por meio da necessidade do que não se tem no mercado. E na crise, a saída é criar.
Os produtos da Le Braille já são bem aceitos no mercado arapiraquense e existem em lojas de sapatos, óticas, clínicas, restaurantes, colégios e faculdades da cidade.
"Há dois anos eu criei a empresa e o mercado está tendo aceitação das minhas ideia e dos meus produtos, mas ainda sim para nós que somos deficientes visuais temos muita dificuldade para sabermos onde estamos sem perguntar", disse ele.
Projeto nas fachadas
A respeito do projeto de placas indicativas em braille nas fachadas das lojas de Arapiraca, Lucas Bruno de Farias pretende apresentar o projeot da Le Braille aos empresários da cidade.
A proposta dele é garantir apoio da Federação do Coméricio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio) e apresentar os produtos.
As placas são feitas de acrílico com PVC e são feitas tanto em Braille como em visual para a leitura de pessoas com deficiência ou não.
"É um mercado que precisa se adaptar para as pessoas com deficiência visual, assim como deve crescer a acessibilidade de cadeirantes e outros tipos de deficiência para que todos nós possamos conviver em harmonia frequentando o mesmo espaço, o mesmo lugar", afirmou Lucas Bruno.
Últimas notícias

Criado há três meses, 'Luau do Sipá' conquista multidão ao som de boa música na orla de Maceió

Prefeita Ceci marca presença no Workshop Masterop Travel 2025 para fortalecer o turismo em Atalaia

Deputada Cibele Moura volta a assumir presidência da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da ALE

Audiência mantém impasse sobre Faixa Verde na orla da Ponta Verde, em Maceió

Defeito no ar-condicionado causou mal-estar em crianças dentro de ônibus escolar

Motociclista derrapa em óleo na pista e colide contra carro no Centro de Maceió
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
