Alagoas

Casos de tuberculose preocupam gestores de saúde em AL e no Brasil

Por Redação com Agência Alagoas 15/03/2016 21h09

Alagoas registrou no ano passado 906 novos casos de tuberculose, uma doença secular que afeta principalmente integrantes das classes economicamente desfavorecidas e em situação de vulnerabilidade. Mesmo com as campanhas realizadas, a doença afeta milhares de pessoas em todo o mundo.

Para alertar a população sobre a doença, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) está com uma série de atividades em parceria com os municípios, como parte da programação do Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose, que ocorre no dia 24.

Dados mostram que foram notificados mundialmente 5,8 milhões de casos e no Brasil 70 mil, isso no ano de 2014. Por isso, os gestores de saúde realizam anualmente a mobilização como uma estratégia de mobilização e conscientização, como também difusão dos sinais iniciais.

“A campanha ocorre o ano todo para intensificar as ações que ajudem a combater a doença. É importante difundir informações e mostrar para a população que a tuberculose tem cura e remédio gratuito nas unidades de saúde”, lembra Ivete Tenório, Coordenadora Estadual de Combate à Tuberculose.

Ivete informou que a média de abandono do tratamento continua alta. Em Alagoas em 2014, dos 1.115 novos casos notificados, 8,8% abandonaram, quando a Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza 5,5%.

O índice de cura também está abaixo do preconizado pela OMS, dos casos registrados há dois anos, apenas 59,6% evoluíram para cura, quando o previsto é, no mínimo 85%. Segundo Ivete, do total de casos, 50% ocorreram em Maceió.

Para combater e identificar a doença foi implantado no II Centro de Saúde, o Teste Rápido Molecular para tuberculose. E, este ano, mais dois equipamentos serão instalados no Laboratório Central (Arapiraca).

O tratamento tem duração de seis meses e a medicação é gratuita, disponibilizada pelo Ministério da Saúde, distribuída pela Sesau e encaminhada pelos municípios às unidades de saúde. As referências para situações especiais da doença são o Hospital Universitário, Hélvio Auto e II Centro de Saúde e o CRIA (Arapiraca).

Em Maceió, as ações acontecerão até o dia 31. Entre elas, ciclo de palestras de 15 a 31, nos postos de saúde do Dique Estrada, Bebedouro, João Paulo II e II Centro de Saúde. Dia 17 será no Sistema Prisional e de 16 a 24 no Hospital Universitário. Já na quarta-feira, dia 16, no Posto Pichilau, em Messias e ainda, na Faculdade Estácio nos dias 30 e 31.