Alagoas

Ressocialização traça perfil dos custodiados e mantém controle nas unidades

Por Redação com Agência Alagoas 16/03/2016 17h05

Acompanhar a trajetória do reeducando dentro do sistema prisional é uma das principais funções do Setor de Registros Penais, área que representa um dos principais pilares do trabalho da Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris). O Setor é responsável por captar e acompanhar toda a história do apenado dentro do sistema prisional alagoano.

Por meio dele é possível identificar as necessidades de cada um, levando como base dados como escolaridade e condição física, informações essenciais para o andamento das ações desenvolvidas dentro da instituição.

O trabalho do setor de Serviços Penais começa logo quando o preso entra na instituição, na Casa de Custódia da Capital (CCC). A unidade é a porta de entrada do sistema prisional. É nesta unidade que o reeducando passa pelos procedimentos de identificação, assistência a saúde, psicológica e social.

Todos os dados coletados nessa fase são disponibilizados no Alcatraz, programa de armazenamento de dados que é utilizado como um banco de dados com todas as informações referentes aos custodiados, que vai desde fotos frontais, de perfil ou detalhes, como tatuagens, até o tipo de delito cometido e detalhes sobre dados jurídicos fornecidos pelas instituições judiciárias.

Mas o trabalho dos Serviços Penais não se restringe a coletar dados sobre o reeducando, eles também desenvolvem um trabalho de cadastro de visita, onde é feita a identificação por meio da coleta da foto e dados pessoais.

Com o cadastro de visita é possível verificar quem são os visitantes autorizados para entrar na unidade e quais os itens podem ser entregues aos reeducandos, dentre materiais de higiene e alimentos, conforme autorização do chefe do presídio. Por semana são feitos em média 20 cadastros desse tipo. Nos dias de visita íntima é necessário comprovar o vínculo matrimonial.

O gerente de Serviços Penais da Seris, Ricardo Bispo, ressalta a importância do trabalho desenvolvido. “Essa ação é a base de toda a vida carcerária dos custodiados. Os dados coletados acompanham o reeducando desde a sua condenação até a sua saída para o semiaberto. Além disso disseminamos o verdadeiro significado de cidadania e valores que eles não tinham fora do cárcere”, afirmou.

Ricardo Bispo afirma ainda que o trabalho dos Serviços Penais serve para acolher, identificar e direcionar as demandas para individualização da pena.erfil dos custodiados e mantém controle nas unidades