Setor de Serviços mantém-se dinâmico em tempos de crise em AL, aponta pesquisa
Em pesquisa divulgada ontem (13/04) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a dinâmica de vendas e receita nominal do setor de Serviços na economia brasileira, demonstrou que Alagoas, mesmo num cenário de crise, obteve o melhor desempenho em relação ao volume de serviços prestados do Nordeste ao apresentar um crescimento de 5,5% quando comparado ao mesmo mês do ano anterior, e o quinto melhor resultado dentre os 27 estados da federação, ficando atrás apenas de Rondônia, Roraima, Distrito Federal e Mato Grosso.
A média brasileira para o volume de serviços prestados em fevereiro foi negativa em 4%, enquanto Alagoas vem se destacando de forma positiva e já acumula, no ano, alta de 5,9% no volume de serviços.
Para o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), Wilton Malta, um dos fatores que tem contribuído para esse resultado é a alta do dólar.
“As atividades turísticas que compõem o setor de serviços de Alagoas continuam mantendo um bom desempenho como fruto de uma moeda desvalorizada, pois cria um maior fluxo de turistas domésticos para os estados do Nordeste e uma maior quantidade de turistas estrangeiros que aproveitam os preços mais baratos da região”, avalia.
O gestor da Federação explica que esse aumento de fluxo beneficia a economia, pois para atender a essa demanda crescente, o setor acaba contratando mão de obra, beneficiando não apenas a área do turismo, mas também áreas como transporte, comunicação, alojamento, alimentação e administração de imóveis, dentre outras, além do próprio comércio.
“Alagoas continua o seu desempenho positivo também na geração de empregos. Na contramão de outros setores, o de serviços já criou, pelo menos, 1.140 empregos diretos. Podemos dizer que é um dos poucos setores que se mantém dinâmico em meio à crise”, pondera.
O levantamento do IBGE demonstra que, quando observada a variação da receita nominal do setor de serviços no período, Alagoas manteve-se com o melhor desempenho dos Estados nordestinos, apresentando 10% de crescimento em fevereiro, quando comparado ao mesmo mês do ano passado, e o quinto melhor desempenho do Brasil, enquanto a média nacional foi de um crescimento da receita de apenas 1,9%. No ano, a receita nominal do setor de serviços em Alagoas acumula alta de 9,2%.
Turismo
A análise do presidente da Fecomércio vai ao encontro de dados técnicos do turismo em Alagoas. Segundo as estatísticas da Infraero para o mês de março, a quantidade de embarque de Maceió para outras regiões do país e do mundo foi de 79.949; um valor 0,81% menor do que no mesmo mês do ano passado.
Porém, a quantidade de desembarcados na capital alagoana contabilizou 76.792, ficando 1,12% superior ao mesmo período do ano passado. No total, o embarque acumulado até março foi de 293.690, o que representa um valor 1,37% superior a março de 2015. Já o valor acumulado de desembarque foi de 272.215; 4,73% superior ao registrado no período do ano passado.
E os dados divulgados pela Secretaria de Planejamento do Estado (Seplag) sobre o desempenho das atividades turísticas de fevereiro também registram o bom momento do setor. Os indicadores da rede hoteleira de Alagoas demonstram uma taxa de ocupação média dos hotéis de 77,6%, percentual superior a fevereiro de 2015, quando registrou 71,2%.
A taxa de permanência média também apresentou elevação, saindo de 4,1 dias para 4,4 dias contra 4,1 dias. O mesmo aconteceu com o fluxo de hóspedes, que em fevereiro foi de 62.786 (contra 55.212 no mesmo mês de 2015