FPI combate produção de carvão decorrente de desmatamento de mata da Caatinga

A produção de carvão vegetal decorrente do desmatamento de mata nativa da Caatinga foi alvo da Fiscalização Preventiva Integrada da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco nesta terça-feira (17). A inspeção de embarcações e a apreensão de produtos químicos também foram destaques de ontem.
Na zona rural do Município de Senador Rui Palmeira, órgãos públicos que integram a equipe flora recolheram 51 sacos de carvão vegetal. Parte deles foi encontrada próximo a um forno artesanal.
A equipe suspeita que o comprador do produto (atravessador) passaria no local para recolher e levá-lo para Arapiraca. "Levantamos informações de que o carvão produzido na região está sendo transportado para lá e que há muitos outros fornos como este espalhados na região", disse a coordenação do agrupamento.
Proveniente de desmatamento irregular, a lenha passa por um processo de carbonização nos fornos de carvão. "A equipe identificou em sua maioria o uso de Catingueira e Angico, que fazem parte da vegetação arbustiva nativa da Caatinga", completou o coordenador.
Segundo ele, o trabalho nos fornos é insalubre devido ao calor e fumaça gerado no local. Há também muita fuligem durante o processo de ensacamento do carvão, que é considerado um produto perigoso porque tem potencial de combustão espontânea.
"Além disso, a fumaça liberada pelo carvão vegetal na atmosfera contribui para o efeito estufa", destacou o representante da equipe integrada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) e Batalhão de Polícia Ambiental (BPA).
Os dois institutos lavraram autos de infração por depósito de lenha sem comprovação de origem e falta de licença para armazenamento. Aproximadamente 35 m3 de madeira foram apreendidos
Em outro local, a equipe interditou uma fábrica rudimentar de tijolos, que pode servir de base para construção de mais fornos de carvão vegetal.
Inspeção pedagógica
As ações de fiscalização da equipe aquática foram empreendidas no Rio São Francisco nos Municípios de Traipu, Porto Real do Colégio e Igreja Nova.
Durante as atividades de inspeção naval, algumas crianças auxiliaram os militares da Marinha do Brasil na contagem dos coletes salva-vidas de uma embarcação de transporte de passageiros, logo após serem instruídas sobre a importância da utilização desse material.
Um fiscal da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) realizou atividades educativas nos povoados ribeirinhos, prestando informações referentes à defesa da agricultura e da pecuária.
Um representante do IMA, por sua vez, deu continuidade à campanha de conscientização da população ribeirinha sobre os cuidados com o meio ambiente, visando à qualidade de vida dessas pessoas.
Já fiscais da Superintendência do Patrimônio da União em Alagoas (SPU/AL) notificaram três ocupações irregulares em terreno presumido marginal, situadas em área de uso comum do povo, na região de Traipu.
"A equipe identificou a utilização irregular de bombonas de agrotóxicos vazias sendo utilizadas como boias em tanques redes", destacou o coordenador da equipe aquática.
Representantes do BPA, da Marinha e do IBAMA prosseguiram no combate à pesca predatória. Eles apreenderam 1.600 covos (armadilhas para capturar camarão) por estarem com dimensões fora do permitido. Foram devolvidos 5.000 espécimes de camarão ao leito do rio.
Produtos químicos
No município de Maravilha, a equipe de combate ao mau uso de produtos químicos na atividade agropecuária, apreendeu 31 frascos da substância tóxica conhecida como "chumbinho" nos fundos de uma loja.
No local, também foram encontrados Gastoxin dentre outros itens perigosos. "Trata-se de um agrotóxico muito poderoso. Ao ser aplicado mata tudo!", alertou uma técnica do IBAMA.
A equipe também flagrou a prática de venda fraccionada de inseticida.
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