Arapiraca

Em entrevista, pastor afirma que ideologia de gênero é crime

Por 7 Segundos 18/05/2016 11h11
Em entrevista, pastor afirma que ideologia de gênero é crime
- Foto: Redes sociais

O pastor Silas Amâncio, da Igreja Batista El Shaday, em entrevista à rádio Nova Fm durante essa semana, em Arapiraca, afirmou que a ideologia de gênero é um crime. A entrevista foi concedida um dia após o deputado Ronaldo Medeiros (PMDB) ter apresentado um projeto de lei que pretende  tornar sem efeito a lei que instituiu o Programa Escola Livre em Alagoas. A lei rofessores "neutralidade" política, ideológica e religiosa na sala de aula.

O pastor Silas Amâncio iniciou a entrevista afirmando que , o termo ideologia de gênero, tem causado muita polêmica porque a grande maioria da sociedade ainda crê nos valores e princípios da família. “Nós entendemos que a responsabilidade da educação dos nossos filhos, desses valores religiosos, dessa área de formação dos nossos filhos não pode ser transferida é de responsabilidade dos pais”, afirmou Amâncio.

Segundo o religioso, com a ausência do pai em casa, em função das longas jornadas de trabalho e da ausência da mãe que teve que trabalhar fora para complementar a renda familiar, boa parte da educação dos filhos ficou erroneamente sob a responsabilidade da escola.

Religião x Escolas 

E nas escolas há uma diversidade muito grande de crenças, princípios, que cada um, individualmente tem um conceito estabelecido. “Nós não temos nada contra com as pessoas que pensam diferente ou discordando dos nossos conceitos. O que nós não podemos deixar é que nossos filhos fiquem à mercê de pessoas que muitas vezes pensam contrarias aos pais e estão com essa responsabilidade de orientar os nossos filhos”, afirmou o pastor.

O Brasil é um país laico, ou seja, não há influência de religião nas instituições públicas. Não se defende nenhum tipo de religião nessas instituições. 

Mas de acordo com Silas Amâncio não se pode permitir que um educador que tenha uma opinião contrária aos conceitos religiosos ensinados aos filhos, afirme por exemplo, em sala de aula, que Deus não existe. “Um professor ateu pode naturalmente expor a opinião dele, e como educador ele, certamente pode influenciar na formação de pensamento de uma criança. Nós não podemos aceitar isso dentro da escola.”, afirmou.

Ele afirmou que a sociedade brasileira é essencialmente religiosa, e seria um ato muito extremo se a escola for um instrumento de desconstrução desses valores. “Todo extremo é perigoso. Eu não tenho nenhum problema em colocar o meu filho em uma escola em que um professor é homossexual, ateu, umbandista, poligâmico. Eu não posso aceitar que um educador- cujos valores morais, éticos e religiosos, eu desconheço, desconstrua os valores religiosos, éticos e morais que eu acredito e pratico dentro da minha casa”, explicou.

Para Silas Amâncio ideologia de gênero é crime. Não se pode inserir nas escolas uma doutrinação com uma diversidade de valores. “Temos que respeitar a diversidade mas não é viável impor aos nossos filhos aquilo que determinadas pessoas acreditam e defendem. Deve-se ter o livre arbítrio de escolher seus valores ou a fé que confessa”, finalizou.