Arapiraca também foi alvo da operação da PF que investiga o desvio de R$ 12 milhões

O delegado da Polícia Federal Roberto Laureano Curi, um dos responsáveis pela Operação “Brotherhood”, desencadeada na manhã desta terça-feira (28) informou que nove cidades foram alvo da operação que investiga uma organização criminosa responsável por fraudar licitações para aquisição de gêneros alimentícios destinados à merenda escolar. Entre, as cidades, Arapiraca também foi alvo da operação.
Cinco servidores públicos foram presos porque contribuíram, de alguma forma, com a organização. Um secretário municipal de uma prefeitura envolvida também foi indiciado. A identidade deles não foi divulgada pela polícia a fim de não atrapalhar as investigações que ainda estão em andamento.
Além de Arapiraca, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Traipu, Girau do Ponciano, Penedo, Tanque D’Árca, Roteiro, Cajueiro, Ibateguara e na capital Maceió.
Segundo o delegado Roberto Laureano Curi a ação criminosa vêm sendo investigada pela Controladoria Geral da União (CGU) e pela Polícia Federal desde 2013 e envolve crimes relacionados à licitação e seleção de empresas que forneceriam merenda escolar para estudantes da rede pública de ensino.
O valor da fraude chega a R$12 milhões de reais, mas, de acordo com ele, esse valor poderá, certamente, subir, já que nem todos os processos investigativos foram instaurados ou concluídos.
Após reunião ocorrida na sede da CGU em Alagoas, em meados de 2015, foi iniciada a investigação criminal com a instauração do inquérito policial, a fim de investigar grupo de empresas que, em conluio, teria fraudado pelo menos três processos licitatórios promovidos pelo município de Traipú/AL. Desde então, os trabalhos passaram a ocorrer de forma coordenada entre a PF e a CGU, sendo constatados indícios de irregularidades nos outros municípios citados.
Ao todo, 15 servidores da CGU trabalharam na ação. Foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão em sedes de empresas e prédios públicos municipais, além de 15 mandados de Condução Coercitiva.
André Santos Costa, superintendente em exercício da PF em Alagoas, afirma que a operação foi realizada, paulatinamente, em efeito "dominó".
“Arrecadamos uma série de documentos que ainda serão analisados e, esperamos, através dessa análise, obter autorias contra outras pessoas que também podem estar envolvidas nas fraudes. A investigação continua e novas provas surgirão. A operação iniciou-se em um município e depois descobrimos que o crime acontecia em outras cidades também. O quebra-cabeça foi montado”, concluiu.
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