Ministro diz que segurança na Rio-16 será revisada após atentado em Nice
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, declarou nesta sexta-feira (15) que o atentado que matou mais de 80 pessoas na cidade de Nice, no sul da França, deve promover um arrocho nas medidas de segurança para o público durante os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio de Janeiro. E que isso pode causar transtornos ao público que irá aos eventos.
“O atentado em Nice preocupa a nós também. Acompanhamos todos os fatos e tiramos algumas lições. Vamos ter que revisar procedimentos, ampliar barreiras, as revistas, vamos ter que ter uma segurança muito mais rígida. Infelizmente isso pode ser uma dificuldade a mais e um transtorno para as pessoas, mas é para o bem e para a segurança delas”, afirmou o ministro, em entrevista à rádio CBN.
O ministro fez questão de reafirmar que o Brasil está se cobrindo de todas as medidas exigidas pelas autoridades para garantir a segurança da Rio-2016.
“Estamos cumprindo com todos os encargos do COI para defesa e segurança, as Forças Armadas Brasileira estão com um trabalho de planejamento de três anos, nós temos uma parceria com as principais agências de inteligência do mundo todo. A Olimpíada do Rio terá o primeiro centro internacional de inteligência, já estão credenciados representantes de 106 países, que vão estar neste centro, além de nós mesmos termos um centro integrado de contra-terrorismo. Todas as providências que nos foram demandadas, nos estamos fazendo”, assegurou Jungmann, que está no cargo desde maio, quando o vice-presidente Michel Temer assumiu interinamente a presidência da República.
Veja medidas tomadas pelo Governo para evitar ataques terroristas
O Governo Federal tem tomado uma série de medidas para evitar que ataques terroristas atrapalhem a realização dos Jogos Olímpicos, especialmente após os atentados ocorridos em outros países.
6 mil agentes da Força Nacional de Segurança Pública foram destacados para realizarem a proteção da população e dos turistas que virão ao estado acompanhar o torneio. Além disso, um gabinete especial voltado ao combate e prevenção foi criado para monitorar possíveis situações de risco.
Composto por militares do Exército, Marinha e Aeronáutica, o gabinete irá centralizar todas as informações sobre ameaças à Olimpíada. Os dados serão compartilhados por agências de inteligência de outros 97 países para que a contenção e monitoramento de ameaças seja mais eficiente. Uma base de dados dos Estados Unidos sobre terroristas também será disponibilizada para que o Brasil faça um monitoramento abrangente de possíveis ameaças.
Outra medida tomada para garantir a segurança do torneio foi a criação de um centro policial colaborativo, em que agentes de mais de 50 países irão ajudar a monitorar possíveis ocorrências. Especialistas de países como Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e Espanha estarão trabalhando diretamente neste centro antiterrorismo internacional criado pelo Brasil.