Brasil

Mais Médicos: 500 profissionais cubanos chegam ao Brasil esta semana

Por CNM e Conasems 20/07/2016 16h04
Mais Médicos: 500 profissionais cubanos chegam ao Brasil esta semana
Os médicos devem chegar entre julho e agosto. - Foto: Ilustração

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) afirmou que 250 médicos da cooperação cubana para o Programa Mais Médicos desembarcaram no Brasil esta semana. Esses médicos se juntaram aos outros 50 profissionais que já haviam chegado no início do mês. No dia 21 de julho, ainda chegarão mais 250 profissionais.

Esses médicos e outros, num total de 1.100, que devem chegar entre julho e agosto estão vindo para ocupar vagas em aberto há mais tempo em Municípios vulneráveis. Os cubanos recém-chegados devem ficar em Brasília por cerca de 20 dias para resolver questões burocráticas de documentação e logo após irão para os Municípios previamente selecionados pelo Ministério para ocupar os postos de trabalho.

Os médicos que estão com os contratos se encerrando neste período ficaram mais alguns meses no Brasil considerando a delicadeza do momento com a Olimpíada, o enfrentamento do vírus zika, e as eleições municipais. O governo de Cuba se comprometeu a não retirar nenhum médico da cooperação cuja missão se encerre no 2.º semestre e só retomar a substituição a partir de novembro de 2016 pós-eleições municipais.

Programa Mais Médicos
O Programa levou profissionais a 4.058 Municípios, 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) e atende hoje mais de 60 milhões de pessoas. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) está atenta à situação do Programa já que muitos relatos de prefeitos mostraram que o atendimento dos médicos estrangeiros é essencial para a atenção básica à saúde. O retrocesso do Mais Médicos pode prejudicar os Municípios que se encontram em uma das maiores crises da história recentes do Sistema Único de Saúde.

A CNM fez inúmeras solicitações ao Ministério da Saúde, na tentativa de acelerar o processo de reposição, o questionamento dos prefeitos refere-se a demora para repor os profissionais que deixaram seus postos de trabalho e retornaram a Cuba além da falta de informações. Os gestores sem previsão de datas aguardam esses profissionais para a continuidade dos atendimentos na atenção básica, de fato a demora na reposição, tem causado transtornos e sobrecarga de trabalho a outros médicos nos Municípios brasileiros.