Maceió

Consumo de drogas e outros ilícitos preocupam moradores da Rua Fechada, em Maceió

MPE/AL elaborou ofício e cobrou ações mais rigorosas para combater o clima de insegurança no local

Por 7 Segundos 02/08/2016 11h11
Consumo de drogas e outros ilícitos preocupam moradores da Rua Fechada, em Maceió
Rua Fechada, na orla de Ponta Verde - Foto: Secom/Prefeitura de Maceió

A tradicional e já famosa “Rua Fechada”, localizada na Avenida Silvio Vianna, no bairro da Ponta Verde, parte baixa de Maceió, se tornou palco de violência, consumo de drogas e outros ilícitos. Foi-se o tempo que jovens crianças e famílias podiam se divertir no local sem qualquer tipo de preocupação. Atualmente, os moradores da região são tomados por medo e insegurança todos os domingos.

Reprodução/TV Gazeta de AlagoasNo domingo retrasado (24), câmeras de segurança de um estabelecimento comercial flagraram cenas de confusão e arruaça. Durante o momento de lazer dos frequentadores, que inicia às 8h e se estende até às 17h, os clientes do bar foram surpreendidos por um grupo de jovens que invadiu o local sem qualquer propósito. A partir daí, gerou-se uma briga generalizada que danificou e quebrou objetos. Além disso, o bando, ainda sem identificação, chegou a quebrar mesas e cadeiras em cima dos turistas.

Os moradores da região se dizem preocupados com os recentes acontecimentos e cobram vigilância mais rigorosa da polícia. Com o objetivo de combater os recentes atos de violência e apaziguar o clima de medo, o Ministério Público Estadual, por meio da 11ª Promotoria de Justiça da Capital, elaborou um ofício para cobrar medidas mais efetivas aos órgãos competentes. De acordo com o documento, adolescentes tem se juntado, à beira da praia, para “usar substâncias psicoativas e praticar pequenos delitos”.  

Em entrevista ao portal 7 Segundos, a promotora de justiça Alexandra Beurlen, explicou que as notícias sobre as práticas ilícitas vêm sendo formuladas pelo 190, por meio de procedimento formal, conforme informações cedidas pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Alagoas, Abrasel.

“Esta cena de violência ocorreu na semana retrasada. O proprietário do estabelecimento, inclusive, pediu sigilo sobre a situação. Entretanto, dias após o ocorrido, os vídeos começaram a ser ventilados na imprensa, ganhando repercussão”, pontuou. A promotora explica que vai continuar acompanhando a situação e que as diligências estão sendo realizadas no tempo correto e que as fiscalizações estão sendo cumpridas.

Reforço policial  

O Comandante de Policiamento da Capital, coronel Claudivan Albuquerque, explica que a polícia decidiu reforçar a segurança na região, principalmente, das 14h às 19h – que são os horários considerados mais críticos. Segundo ele, apenas no último domingo (31), o contingente policial foi aumentado e passou a contar com o reforço de militares lotados na Oplit, 1º Batalhão de Polícia Militar (BPM), Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTRan), além da Cavalaria da Polícia Militar e Grupamento Aéreo da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Questionado se a medida realmente coibiria as ações de vandalismo, Albuquerque disse que as pessoas tendem a pensar “duas vezes” antes de praticar ilícitos por causa do policiamento. “Abordamos grupos e pessoas suspeitas, principalmente em lugares mais vulneráveis. As fiscalizações também acontecem em pontos de ônibus. Aqueles que pretendem ir para a Rua Fechada para causar tumultos, pensam duas vezes quando vê a polícia”, pontuou. Apesar das operações e diligências, ninguém foi preso.

Perturbação do sossego alheio  

Outro problema que incomoda os moradores de residências e prédios próximos é a chamada “perturbação do sossego alheio”. O som alto é motivo de desconforto para aqueles que optam por permanecem em casa para descansar no final de semana.

A Secretaria de Meio Ambiente informou que não concede licenças ou autorizações para a livre circulação de sons na região. A Polícia Militar (PM), porém, informa que aquelas pessoas que se sentirem incomodadas com o ruído podem denunciar por meio do 190.