A repercussão da matéria publicada pelo Portal 7 Segundos sobre as dificuldades do casal José Cícero Oliveira, 49 e Lécia Cristina Bezerra, 38 anos, resultou em muitas doações e gestos de solidariedade. O casal foi atingido por um motociclista embriagado em outubro do ano passado. Lécia perdeu a perna esquerda e José Cícero o pé. 

O casal disse que muitas pessoas ligaram para fazer doações de alimentos, material para ajudar na reforma e adaptação para uma melhor acessibilidade para as cadeiras de rodas.

“Um grupo de pessoas da Igreja Adventista do 7º Dia doou todo o equipamento para o banheiro, outra pessoa doou um portão para a entrada da casa. Foram muitas doações e quero agradecer a todos que se sensibilizaram com a nossa situação, agradeceu José Cícero.
Lécia Cristina disse que a cada ligação telefônica que o marido recebia era uma doação de alimento, material de construção e até mesmo depósito de valores em dinheiro para ajudar nas despesas com os três filhos.” Teve uma pessoa que ligou de Recife e depositou R$ 500 em nossa conta. A solidariedade realmente não mede distancia”, falou emocionada Lécia Cristina.

E foi através da matéria publicada pelo Portal 7Segundos que o casal recebeu a ajuda mais importante: a adaptação da casa para o uso das cadeiras de rodas. O piso da casa é em cimento grosso dificultando a acessibilidade.

O casal afirmou que já levou várias quedas da cadeira por causa do piso irregular.“Em uma dessas quedas eu desloquei o coto da perna e por isso posso usar prótese até passar por mais uma cirurgia para tentar restabelecer os ligamentos”, lamentou a cadeirante. 

No último domingo (14) o grupo de voluntários Anjos Patrulheiros, formados por profissionais de várias áreas e exemplo de psicólogos, assistentes sociais, pedreiros, cabeleireiros, donas de casa, entre outros, iniciou a obra de reforma na residência. 

Gleice Aparecida fundadora e coordenadora do Anjos Patrulheiros, disse que ficou sabendo das dificuldades do casal, após ler a matéria publicada no Portal 7Segundos. Ela disse que agendou uma visita a residência das vítimas do acidente automobilístico e fez uma lista do que ainda precisava para começar as obras de adaptação para os cadeirantes. “Compramos argamassa, rejunte, areia, cimento e a porta do banheiro”, relatou Greice.

Pedreiros do grupo arregaçaram as mangas e iniciaram os trabalhos para fazer a base do piso e depois colocar a cerâmica. “Enquanto os homens trabalhavam dentro de casa, as mulheres faziam o almoço. Terminamos a primeira etapa e durante essa semana concluiremos os trabalhos”, afirmou a coordenadora do grupo.