Auditores do trabalho realizam inspeção na Ufal e flagram trabalhadores em situação precária
Contratos de obras, instaladas no Centro de Tecnologia, serão requeridos junto à construtora

Atualizada às 12h18
Uma fiscalização realizada por auditores-fiscais do trabalho de Alagoas flagrou, no final da manhã desta quarta-feira (31), trabalhadores que prestavam serviços para uma construtora responsável pela execução de obras no Centro de Tecnologia (Cetec) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) em situações de acomodação consideradas ‘pouco habitáveis’.
Segundo o auditor Lívio Cavancalti Gomes, 11 trabalhadores vindos do município de Água Branca estavam acomodados em uma espécie de ‘casa’ situada próxima aos fundos da universidade. O local, no entanto, precisou ser interditado porque não apresentava condições estruturais corretas de acordo com a lei.
“Durante a inspeção, flagramos diversas irregularidades. A residência não tinha armário, os trabalhadores só tinham acesso a refeições com pouca variedade, e também estavam expostos a perigos constantes”, falou. As atividades foram deflagradas por quatro auditores-fiscais, que, agora, pedirão explicações à empresa responsável pela obra, que, provavelmente, é vencedora de uma licitação pública. “Vamos solicitar os contratos das obras devidamente escritos e também queremos um parecer da universidade”, informou.
O engenheiro responsável alegou, durante a revista, que os trabalhadores precisaram ser transferidos para o local porque a antiga residência enfrentou alguns problemas que, no entanto, não foram pontuados. Além de todas as irregularidades estruturais, os auditores também constataram que os obreiros não possuíam registro junto ao Ministério do Trabalho e estavam exercendo as atividades sem carteira assinada.
“Encontramos trabalhadores em situações precárias, que estavam dormindo em colchões finos no chão, sem estrutura nenhuma. Essas pessoas não podem ficar alojadas nesse lugar”, ressaltou Lívio. O auditor explicou, também, que a empresa notificada tem até amanhã para acomodar os trabalhadores em espaço apropriado, correndo o risco de interdição total da obra se a solicitação for frustrada.
O outro lado
O portal 7 Segundos entrou em contato com a assessoria de comunicação da Ufal. Segundo o Superintendente de Infraestrutura (Sinfra) Marcos Barbosa, a universidade apoia toda e qualquer ação do Ministério do Trabalho que venha a contribuir com a promoção do bem-estar e segurança dos trabalhadores e lamenta o ocorrido.
Barbosa destacou, ainda, que cabe à empresa arcar com os os encargos sociais dessas pessoas e que as ações dos auditores auxiliam na aplicação de eventuais sanções aos empreendimentos.
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