Alagoas

Empresário do agronegócio de Arapiraca não vê como fim à prática da vaquejada

Por 7 Segundos 08/10/2016 07h07
Empresário do agronegócio de Arapiraca não vê como fim à prática da vaquejada
Vaquejada - Foto: ABVAQ

A notícia de que a prática da vaquejada passa a ser ilegal no País, não chegou com esse fim ao empresário do agronegócio de Arapiraca, Wangles Araújo, proprietário do Parque Divina Luz, que realiza anualmente uma das mais importantes vaquejadas do Nordeste brasileiro.

Segundo o empresário, a proibição por 6 votos a 5 a favor da inconstitucionalidade à prática da vaquejada se resume à lei do estado do Ceará que regulamenta a vaquejada como esporte e ainda a relaciona por maus-tratos aos animais.

"A vaquejada não é um esporte é um Patrimônio Cultural do Nordeste, do povo nordestino e não pode ser realizada de qualquer jeito, em qualquer lugar. Ela tem que ser regulamentada e pratica dentro dos princípios adotados por uma associação", disse Wangler Araújo.

O empresáro afirmou que o evento realizado no Parque Divina Luz segue, rigorosamente, o estatudo da Associação Brasileira de Vaquejadas (ABVAQ). No site da associação tem o regulamento com 13 artigos e toda a história da vaquejada no Brasil. Além do Manual de Julgamento do Boi.

Segundo o site da ABVAQ, a primeira vaquejada do país foi realizada na cidade de Morada Nova, no estado do Ceará. A história aponta ainda que o estado do Rio Grande do Norte também foi pioneiro na prática da vaquejada, na cidade de Currais Novos.

A prática da vaquejada é muito forte no Nordeste e faz parte da cultura popular do nordestino. Wangles Araújo disse ainda que em torno da vaquejada gira um negócio milionário com geração de emprego e renda para milhares de pessoas.

Segundo dados da Associação Brasileira de Vaquejada os números de 2014 e 2015 apontam que a prática deste evento gira em torno de R$ 600 milhões por ano e gera 120 mil empregos diretos e 600 mil empregos indiretos.

Os números mostram também que cerca de 650 milhões de pessoas circulam por ano os eventos de vaquejadas pelo país. Nesses dados, a ABVAQ inclui também os leilões e feiras agropecuárias, a exemplo da que acontece em Maceió.

A ABVAQ trata a vaquejada como esporte e diz que ela só perde para o futebol e que são realizadas quatro mil vaquejadas por ano no Brasil. Dessas quatro mil, 60 das vaquejadas são realizadas com premiação superior a R$ 150 mil.

Lei alagoana

O empresário Wangles Araújo ressaltou que Alagoas também tem lei que reconhece a vaquejada como atividade esportiva no estado. Trata-se da Lei 60/2015 de autoria do deputado estadual Dudu Hollanda (PSD).

O deputado alagoano assim como o empresário defendem a vaquejada como praticantes e como prática esportiva e cultural do povo nordestivo.

Com relação ao regulamento, a ABVAQ ressalta regras de bem-estar animal nos eventos realizados em qualquer cidade do país.