Maceió

Crescimento de casos de tétano preocupa Secretaria Municipal de Saúde, em Maceió

Tétano acidental teve sete casos registrados em Alagoas este ano

Por Redação com assessoria 06/12/2016 19h07
Crescimento de casos de tétano preocupa Secretaria Municipal de Saúde, em Maceió

O crescimento de casos de tétano acidental em Maceió tem despertado a preocupação da Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS) e da Coordenação de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Agravo de notificação imediata, o tétano acidental teve 7 casos registrados em Alagoas este ano – sendo 4 na Capital – levando uma dessas vítimas a óbito.

“Em 2015, tivemos apenas 4 casos confirmados no Estado. Isso significa que precisamos redobrar a atenção com o agravo e alertar a população de que ela deve se manter atenta à imunização preventiva – disponibilizada gratuitamente em todas as unidades do município – reduzindo os riscos da evolução da doença em caso de um corte ou perfuração acidental”, ressalta a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SMS, Cecília Villaverde.

A doença apresentou uma elevada letalidade em todo o país entre 1990 e 1997, com diminuição alternada em alguns anos. Essa diminuição acontece quando o diagnóstico e o início do tratamento são precoces.

Mesmo acometendo todas as faixas etárias, o tétano acidental se mostra mais frequente entre homens adultos, na faixa de 20 a 60 anos, que fazem parte dos chamados grupos de risco, como agricultores, trabalhadores da construção civil e aposentados, grupo com maior risco de se ferir com objetos de metal. E apesar de ser uma doença imunoprevenível, a letalidade é alta, pois de cada 100 pessoas que adoecem, cerca de 30% morrem.

De acordo com o enfermeiro Fábio Henrique Peixoto, técnico da Coordenação, a principal medida de prevenção e controle é vacina antitetânica, disponibilizada em todas as unidades da rede municipal de saúde. O esquema completo recomendado têm início na infância, com 3 doses administradas no 1º ano de vida e reforços aos 15 meses e 4 anos de idade. A partir dessa idade, é preciso garantir um reforço a cada 10 anos após a última dose administrada ou 5 anos, se for gestante.

“Mas é necessário lembrar que no caso de ocorrer um acidente de qualquer natureza – corte feito ao pisar em um prego, lata velha, arame ou vidros contaminados, por exemplo – seja superficial ou profundo, o mais indicado é procurar o serviço de saúde de urgência e emergência mais próximo, levando o cartão de vacina, para que sejam iniciadas as medidas de controle o mais rápido possível, impedindo a evolução e agravamento do quadro”, frisa Fábio Henrique.

A doença

O tétano acidental é uma doença infecciosa aguda não contagiosa, causada pela ação de exotoxinas produzidas pelo Clostridium tetani, que é encontrado na natureza, sob a forma de esporo, podendo ser identificado em pele, fezes, terra, galhos, arbustos, águas putrefatas, poeira das ruas, trato intestinal dos animais (especialmente do cavalo e do homem, sem causar doença). Ele provoca um estado de hiperexcitabilidade do sistema nervoso central e os sintomas clínicos são febre baixa e espasmos. Em geral, o paciente mantém-se consciente e lúcido.

É considerado caso suspeito todo paciente acima de 28 dias de vida que apresenta um ou mais dos seguintes sinais e sintomas: trismo (dificuldade de abrir a boca), disfagia, riso sardônico, rigidez abdominal, contratura da musculatura paravertebral (opistótono), da cervical (rigidez de nuca) e de membros, independentemente da situação vacinal, da história prévia de tétano e de detecção de solução de continuidade da pele ou mucosas.

Além da vacina, procedimentos devem ser adotados assim que o incidente acontecer como a limpeza com água e sabão no local do ferimento.

Serviço:

Mais informações com a Coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SMS, Cecília Villaverde (99922-1566) e os técnicos Fábio Henrique (99909-4045) e Ana Patrícia (99976-5078).