Cai número de mortes em acidentes nas rodovias federais em 2016, aponta balanço
As infrações mais cometidas em 2016 pelos condutores que trafegaram pelas BRs de Alagoas foram excesso de velocidade, conduzir motocicleta sem o uso do capacete de segurança e dirigir veículo automotor sem possuir habilitação. A ultrapassagem proibida ficou em quarto lugar no ranking. Cerca de 450 condutores foram autuados por dirigir após ingerir bebida alcoólica. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apresentou hoje (17), durante uma coletiva conjunta com órgãos de trânsito de Alagoas, no Detran, o balanço referente ao ano de 2016.
Segundo o órgão, os tipos de acidente mais comuns em Alagoas são as saídas de pista, colisões transversais e colisões traseiras. Tratando-se de acidentes graves, que são aqueles nos quais é registrado pelo menos um morto ou um ferido grave, a colisão frontal lidera o ranking no balanço feito através dos dados estatísticos do órgão. Falta de atenção, velocidade incompatível com o trecho percorrido e ingestão de álcool por parte dos motoristas foram as principais causas prováveis e determinantes para a ocorrência dos sinistros ocorridos no último ano.
O balanço feito pela PRF em Alagoas aponta as BRs 316, em Palmeira dos Índios, e a BR101, em São Miguel dos Campos e Teotônio Vilela, como os trechos em que acontecem os maiores flagrantes de desrespeito à legislação de trânsito no estado. Os dias de sexta-feira, domingo e sábado, respectivamente, foram apontados como sendo aqueles em que mais ocorrem infrações de trânsito.
Redução no número de mortos nas BRs
Em 2016 houve uma queda de 14% no número de mortos em acidentes de trânsito ocorridos nas rodovias federais que cortam Alagoas quando comparado ao ano de 2015. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o índice de acidentes registrados também reduziu em 12%.
Entre os meses de janeiro e dezembro de 2015 foram registrados em Alagoas 1070 acidentes, sendo que 524 deles deixaram feridos e resultaram em 119 mortes. No mesmo período de 2016, 941 sinistros foram atendidos pela PRF, sendo 490 deles com feridos e 102 óbitos. Uma diminuição de mais de 12% no número de acidentes, de 6% na quantidade de feridos, e de 14% na soma de vítimas fatais.
Fiscalização efetiva com uso de estatísticas
O superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Alagoas, Remi Gomes de Alcântara, aponta os fatores para a redução nas estatísticas: “a ênfase na abordagem educativa, os trabalhos preventivos que antecedem cada operação, assim como o endurecimento das leis e o aumento no valor das multas acabam transformando a atitude dos motoristas e fazendo com que eles respeitem o Código de Trânsito Brasileiro (CTB)”, pontuou Alcântara.
Para o chefe do setor de Policiamento e Fiscalização da PRF/AL, Ivan Anderson, esses dados são importantes pois servem como parâmetro para distribuição das equipes policiais minimizando o risco de acidentes nos trechos críticos. “Nós utilizamos essas informações para formar estratégias de fiscalização e divisão de equipes policiais. A presença da PRF na rodovia acaba inibindo os condutores a cometer alguma conduta errada”, explica ele.
Operação Rodovida Cidades
A PRF terminou o ano de 2016 e iniciou 2017 com sua Operação Rodovida Cidades. O trabalho começou dia 16 de dezembro e se estenderá até 05 de março, após o Carnaval. O objetivo de uma operação tão extensa como essa é reforçar o policiamento nos períodos de aumento de fluxo de veículos em todas as rodovias do país, englobando festas de fim de ano, férias escolares e Carnaval, e trabalhar de forma integrada com todos os órgãos de trânsito.
Em Alagoas, o trabalho acontece de forma eficiente e há uma fiscalização coordenada em todos os pontos do estado. O intuito é fechar o cerco ao condutor infrator e fazer com que a legislação de trânsito seja respeitada em todos os locais, e não apenas nas rodovias federais.
Visando sempre salvar vidas e reduzir o número de acidentes, a PRF foca em suas fiscalizações as três infrações que mais causam acidentes graves: excesso de velocidade, a ultrapassagem proibida e a embriaguez ao volante. O uso do capacete, do cinto de segurança e dos dispositivos de retenção, no caso de transporte de crianças, também são cobrados com mais rigor pelos policiais. Isso porque, no caso de acidente a falta desses dispositivos de segurança acarretarão maiores lesões nos envolvidos.