MPC quer fiscalizar municípios que decretaram emergência administrativa em Alagoas

O procurador-geral do Ministério Público de Contas de Alagoas (MPC/AL), Rafael Rodrigues de Alcântara, protocolou na manhã de hoje (25), em caráter de urgência, Requerimento de Fiscalização Extraordinária e Especial junto à Presidência do Tribunal de Contas do Estado de Alagoas (TCE/AL), pedindo fiscalização nos municípios alagoanos que decretaram Emergência Administrativa.
De acordo com levantamento preliminar realizado pelo MPC/AL, sete municípios publicaram decretos emergenciais neste início de ano, são eles: Água Branca, Cajueiro, Colônia Leopoldina, Japaratinga, Olho D’Água do Casado, Porto Real do Colégio e São Miguel dos Campos.
Os decretos de emergência, segundo o MPC, não estabelecem limites, nem faz referências às áreas em que está havendo a citada situação emergencial, por isso, diante desse quadro, o órgão julgou necessário fiscalizar os decretos, com o objetivo de manter a ordem jurídica administrativa dos municípios afetados.
Rafael Alcântara informou que esse trabalho de fiscalização será realizado de duas formas: a primeira, verificar se, de fato, o município se encontra num estado de emergência; e a segunda, identificar e punir os ex-prefeitos que, porventura, tenham dado causa à desordem administrativa.
“Se a emergência não existir, aí a situação se inverte, pois iremos buscar a responsabilização do novo prefeito que fez uma declaração inverídica e ilegal”, afirmou.
O Ministério Público de Contas solicitou que o TCE/AL reedite o ato normativo de 2013, estabelecendo aos gestores que declararam estado de emergência administrativa a obrigação de remeter à Corte de Contas, num prazo de 48 horas, vários documentos e informações comprobatórias.
Dentre as informações estão: a motivação detalhadas das causas que resultaram na situação de emergência; informar se houve a transição de mandatos com as providências recomendadas na Resolução n. 03/2016 do TCE/AL ou, caso não tenha ocorrido, indicar os motivos que a inviabilizaram; cópia da Representação Criminal realizada para apurar os supostos atos criminosos; extratos e saldos das contas bancárias de titularidade do Município relativos aos meses de dezembro de 2016 e janeiro de 2017, e todos os contratos firmados pelos Municípios, com fulcro no art. 24, IV, da Lei n. 8.666/93, acompanhados da cópia integral do respectivo processo administrativo.
“É preciso também que o ato normativo explicite que os bens adquiridos e os serviços contratados sem licitação devem ser destinados exclusivamente à solução dos problemas causados pela situação emergencial”, salientou Rafael Alcântara.
Após a apresentação dos documentos e informações, o MPC pede que seja instaurado processo de fiscalização especial em cada município, a fim de que, a critério do relator e do Pleno do TCE/AL, seja realizada uma inspeção nas cidades. Ao final, após uma conclusão do Ministério Público de Contas, o processo será submetido a uma análise e deliberação da Corte de Contas.
Para o procurador-geral, apesar do trabalho pedagógico e prévio feito pelo Tribunal de Contas durante todo o ano de 2016 para disciplinar e fomentar uma transição governamental tranquila, republicana e democrática, ainda persiste o caos administrativo em alguns municípios. Felizmente, até agora isso está ocorrendo em um número bem menor do que o verificado na última transição, em 2012-2013, quando mais de 30 municípios decretaram emergência administrativa em Alagoas.
“Dessa vez, não vamos nos limitar a provocar a atuação do TCE/AL. Pretendemos oficiar a todos os órgãos de fiscalização (MP Estadual, MP Federal, CGU e TCU) noticiando essa atuação e conclamando-os para uma atuação em rede para apurar o que está se passando nos municípios que declararam situação de emergência, pois é possível que tanto recursos públicos municipais como federais estejam sendo utilizados de forma irregular, se porventura a declaração de emergência não for legal”, destacou Rafael Alcântara.
Últimas notícias

Após mais de 20 anos, Mister Caldo encerra atividades em Arapiraca

Prefeitura de Feira Grande realiza tradicional entrega do peixe da Semana Santa

Programa Pesquisa para o SUS terá edital com R$ 6 milhões

Deputado Alexandre Ayres cobra penas mais duras e critica uso político do caso Ana Beatriz: “Não é hora de oportunismo”

Homem é preso por descumprir medida protetiva de urgência, em Penedo

Produtos artesanais ganham novo espaço de exposição e vendas em shopping de Arapiraca
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
