Por falta de recursos, Tiro de Guerra do Exército ameaça ser fechado em Arapiraca
Desde novembro do ano passado recursos não são repassados e atividades estão ameaçadas

A ex-prefeita de Arapiraca, Célia Rocha (PSL), cidade na Região Agreste de Alagoas, renovou, em 2014, um Termo de Acordo de Cooperação (TAC) com as Forças Armadas para manter o Tiro de Guerra do Exército funcionando no município.
Acontece que, segundo informou o subtenente do Tiro de Guerra, Adriano Soares Martins, desde novembro do ano passado os recursos para a manutenção do prédio, instalado em 1972 no município, não estão sendo repassados e as atividades realizadas no local poderão ser suspensas.
O TAC, que não está sendo cumprido, estabelece as responsabilidades das partes envolvidas no contrato, com as funções de cada órgão bem definidas e acordadas.
Cabe ao cofre da prefeitura, os recursos para a manutenção da área e bem-estar do atirador durante o período da sua incorporação até o seu licenciamento. Já o Exército é responsável pela operacionalização.
Todo equipamento, fardamento, munição e armamento necessários para a formação do combatente fica sob vigilância das Forças Armadas.
Em oportunidade de reunião com o atual prefeito Rogério Teófilo (PSDB), na semana passada, o subtenente relatou o caos instalado no Tiro de Guerra e descreveu todas as dificuldades e problemas enfrentados por eles neste período de crise.
Ao tomar conhecimento da falta de apoio das gestões anteriores, o prefeito garantiu um diálogo aberto e que está buscando meios de atender as solicitações feitas pelo subtenente.
Inclusive, uma equipe técnica ligada à Secretaria Municipal de Serviços Públicos (SMSP) esteve, na última sexta-feira (11), nas instalações do Tiro de Guerra para dar início a uma série de levantamentos no local.
Fechamento
Adriano Soares afirmou que não existiu falta de vontade em ajudar os oficiais, mas que até o presente momento o que existem são promessas. O subtenente informou ao Portal 7 Segundos que caso o prazo dado pela prefeitura não seja cumprido, ele vai dar entrada na solicitação para o fechamento do Tiro de Guerra na cidade.
O oficial explicou que o processo para o fechamento já foi iniciado, mas como houve a sinalização da atual gestão em solucionar a questão, ele está aguardando.
“Os nosso superiores já estão informados da verdadeira e atual gravidade da situação, mas foi combinado com a prefeitura que em uma semana os problemas de urgência e emergência apresentados serão resolvidos. Estamos na expectativa”, disse o subtenente ao Portal 7 Segundos.
Entre os problemas estruturais que poderão impossibilitar a realização das atividades previstas para este ano, está a instalação de uma nova rede elétrica. De acordo com informações, a rede elétrica do Tiro de Guerra já tem mais de 40 anos e nunca foi feita nenhuma manutenção.
Outro fator de risco levantado é a fossa de detritos. Ela está no limite e precisa ser esgotada. Adriano Soares Martins comentou durante entrevista que um técnico da própria prefeitura já foi ao local e acredita que não há como salvar a já existente, sendo necessária a construção de uma nova fossa.
“Se não houver cumprimento do prazo, lamentamos informar que será dado continuidade ao processo e após 60 dias a contar da data de entrada da documentação, as atividades do Tiro de Guerra serão paralisadas totalmente”, garantiu Soares.
Além de servir aos oficiais, a estrutura física do Tiro de Guerra atende escolas e ONGs que recuperam dependentes químicos. De acordo com o subtenente, essas instituições utilizam o espaço para desenvolver práticas esportivas.
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