A morte do radialista José de Sá ou Jota Sá comoveu a todos nesta segunda-feira.  Aos 84 anos de idade ele acumulou em toda a sua vida um radialista multifacetado pela arte de pintar e cantar.

A cultura estava em sua veia. Era autodidata e teve quadros premiados. Aluno do artista plástico e pintor alemão Raimund Brístor, Jota Sá participou de várias exposições em salões de arte de Alagoas com premiações consecutivas no Salão de Artes de Arapiraca de 1967 a 1971. 

Jota Sá também participou de exposições coletivas no Festival de Artes de Marechal Deodoro e no Museu Histórico de Alagoas. Como artista plástico, o multifacetado radialista produziu 4.680 telas, entre paisagens e figurativas.

Teatro, música, ensaio...

Fora das artes plásticas, ele também fez sucesso como coreografista, ensaiando vários pastoris de Arapiraca na década de 1950. Além de poeta era também cantor com diversos discos gravados.

Jota Sá tinha o próprio estúdio intitulado Stúdio José de Sá, instalado na Rua Domingos Correia. Nele funcionava sua gravadora particular, o atelier de pintura, onde ministrava aulas de pintura e música e uma galeria de arte em que expunha seus quadros premiados.

No teatro, o radialista foi teatrólogo e dramaturgo. Dirigiu e montou o Auto da Compadecida, do escritor Ariano Suassuna, em 1969. Na verdade, em parceria com o amigo Pedro Onofre de Araújo, ele escreveu oito peças e montou os maiores espetáculos de Arapiraca.

O radialista multifacetado que apresentava o programa 'Nos Braços da Saudade', em que relembrava os sucessos de Nelson Gonçalves, Ataulfo Alves, Lupicínio Rodrigues, Altemar Dutra, Ângela Maria, Dalva de Oliveira, entre tantos outros artistas da Velha Guarda, na Rádio Novo Nordeste AM.

Jota Sá ficará eternizado na memória de todos os amigos e conhecidos pela emoção que passou por toda a sua vida 'Nos Braços da Saudade' e muito mais.  
 

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