Companheiros de trabalho lamentam morte do grande artista José Carmo de Sá

Muito mais que um radialista, José Carmo de Sá, mais conhecido como Jota Sá, era diretor de teatro, artista plástico e músico. Natural de São Miguel dos Campos, Zé de Sá e toda a sua família adotou a cidade de Arapiraca como terra natal.
Na Rádio Novo Nordeste, Zé de Sá comandou, durante décadas, o programa 'Nos Braços da Saudade' na programação da madrugada da emissora. Em virtude da doença, nos últimos dias o programa estava sendo reprisado.
E agora, quem já sente a saudade deixada pelo radialista, são os companheiros de trabalho, como o diretor administrativo da rádio, Ernandes Almeida.
“Educado, fino e de uma cultura muito grande. Era um artista completo, entendia de música, artes plásticas e literatura”, disse Ernandes. “Ele colocava uns sistema de auto falantes na praça Marques da Silva, que tinha uma fonte luminosa, e eu quando criança ia para lá ouvir as músicas”, relembrou. “Adjetivos faltam para descrevê-lo”, finalizou.
Já o locutor, apresentador e narrador esportivo Nelson Filho, disse que José de Sá sempre foi um grande companheiro. “Ele praticamente implantou a cultura em Arapiraca, se envolveu e colaborou com tudo o que pôde, além de ser um grande defensor da Música Popular Brasileira (MPB)”, afirmou.
Nelson comentou com a redação do 7 Segundos que ele cantava muito a música espanhola Granada. “Ele era maravilhoso”, concluiu emocionado.
O radialista Waldo Cesar foi enfático “ele era uma pessoa fantástica e eu tive o privilégio de ele ser o meu diretor de programação, sempre me orientando, mandando ter cuidado e prestigiar os ouvintes e a falar a verdade acima de qualquer coisa”.
Waldo lembrou que na festa dos radialistas, que acontece anualmente em Arapiraca, José de Sá fazia questão de marcar presença para rever os amigos. “Não tenho nenhuma objeção ao comportamento dele”, disse Waldo.
A rádio pirata que ele fundou foi uma lembrança resgatada pelo radialista Ângelo Farias. Sem falar no serviço de alto-falante do cinema “Cine Trianon”, em Arapiraca, instalado na fachada do prédio que funcionava até a hora da sessão cinematográfica, anunciando o filme do dia. Marcando aí o surgimento de José de Sá nas comunicações em 1952, na inauguração do “Cine Trianon”.
“O refinado, humilde e tranquilo José de Sá pode ter morrido mas vai continuar sendo referência para todos os profissionais da rádio”, afirmou Ângelo Farias.
O radialista Alves Correia, lamentou profundamente a morte do radialista e comentou com o 7 Segundos que foi operador de áudio do programa dele durante muito tempo.
Sepultamento
O corpo de José Carmo de Sá vai ser velado nesta segunda-feira (24) onde o radialista morava, na Rua estudante José de Oliveira Leite, número 658, no bairro Ouro Preto, mesma rua do Colégio Bom Conselho. Já o sepultamento será nesta terça-feira (25), às 10h, no cemitério Pio XII.
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