[Vídeo] Mais de 350 animais silvestres são soltos após serem resgatados durante operações
Os animais foram resgatados durante os dois últimos dias de operação nas cidades de Arapiraca, Junqueiro, Palmeira dos Índios, São Sebastião e Teotônio Vilela.
Apesar de proibida, a "cultura" de capturar e prender animais silvestres ainda predomina no interior de Alagoas. As aves são os principais alvos dos caçadores. No início da manhã desta sexta-feira (19), uma equipe da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) do São Francisco promoveu a reintrodução de 370 pássaros de várias espécies típicas da Caatinga ao seu habitat natural, além de nove jabutis e duas serpentes.
Entre as espécies de aves libertadas estão Sabiá, Papa-capim, Galo-de-campina, Mané-mago, Jesus-meu-Deus, Garibalde, Xexéu de bananeira, entre outros encontrados no bioma típico do Sertão. O nome da reserva natural que serviu de local de soltura será mantida em sigilo para garantir que os caçadores não procurem a região na tentativa de recapturar os bichos.
Os animais foram resgatados durante os dois últimos dias de operação nas cidades de Arapiraca, Junqueiro, Palmeira dos Índios, São Sebastião e Teotônio Vilela.
"As pessoas podem criar animais silvestres, contanto que eles sejam de criadouros legalizados. A caça ilegal pode provocar um grande mal-estar para as aves e um desequilíbrio ecológico na região onde elas vivem, uma vez que cada espécie tem seu papel específico no meio ambiente", explicou a médica veterinária Ana Cecília Lopes, do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA).
Parte dos pássaros não ganhou liberdade hoje porque precisou permanecer no centro de triagem da FPI para a devida reabilitação, a fim de que possa fortalecer a musculatura e, em seguida, ser introduzida à natureza.
As gaiolas apreendidas são levadas para incineração.