Arapiraca

Aberto ao público, grupo se reúne para estudar yoga e Bhagavad Gita

Por Assessoria 02/08/2017 10h10
Aberto ao público, grupo se reúne para estudar yoga e Bhagavad Gita
Ensinamentos de filosofias orientais atraem arapiraquenses - Foto: Breno Airan

“Eu sou a luz das estrelas/ Eu sou a cor do luar/ Eu sou as coisas da vida/ Eu sou o medo de amar// Eu sou o medo do fraco/ A força da imaginação/ O blefe do jogador/ Eu sou, eu fui, eu vou”. A letra profunda do cantor, compositor, guitarrista e poeta baiano Raul Seixas em parceria com o escritor Paulo Coelho introduzia em pleno ano de 1974 os ensinamentos do livro Bhagavad Gita em rede nacional.

O clipe da música foi lançado ao final do programa global Fantástico, alcançando boa parte da população brasileira e estimulando-a a enfim conhecer as palavras de Krishna e, por conseguinte, o hinduísmo.

A canção de Raul mostra uma unidade; expõe que na verdade somos o tudo – nossos pais, nossos amores, nossos medos, nossos inimigos – e que partimos todos do mesmo lugar. Por isso, a mensagem é de união.

Nele, no Bhagavad Gita (que compõe a última parte do épico Mahabharata), há o diálogo entre a divindade Krishna e o guerreiro Arjuna, prestes a encarar uma guerra insensata contra pessoas que ele conhece e até mesmo estima.

É a partir dessa premissa que um grupo de estudo está se reunindo de 15 em 15 dias em Arapiraca, justamente para se aprofundar no que um dos livros orientais e espirituais mais importantes da História tem a nos passar além das entrelinhas.

Os encontros estão acontecendo no Instituto de Ensino Superior Santa Cecília (Iesc), na Rua Floraci da Silva Barros, no Alto do Cruzeiro, e são ministrados pelo facilitador Pema Tsering.

“O ego é a sombra que projetamos sobre o que achamos de nós mesmos. E a ilusão está nessa superfície”, diz o budista de Maceió, que vem à cidade quinzenalmente para os estudos do Bhagavad Gita.

Houve apenas uma aula introdutória e a próxima ocorrerá nesta quinta-feira (3) e, de agora em diante, contando com a presença da professora de yoga Dulce Lumina Magalhães fazendo práticas antes, a partir das 18h.

Segundo a organizadora de toda essa movimentação, a fisioterapeuta Grazielle Lima, os encontros têm entrada franca. A contribuição voluntária é de R$ 35 – por casal, o investimento sai por R$ 50. Ela explica que estes valores são para as passagens, alimentação e hospedagem dos dois facilitadores e não são obrigatórios, isto é, quem tiver interesse poderá participar dos ensinamentos de forma inteiramente gratuita.

“Além de encararmos os escritos do livro com Pema Tsering, vamos praticar yoga, abrindo uma nova perspectiva de imersão no nosso próprio corpo. A yoga permite esse acesso e mostra as nossas limitações. Portanto, prestando atenção na nossa respiração e no momento presente, vamos entendendo mais e mais o nosso interior através dos exercícios e da filosofia iogue em si”, pontua a professora Dulce Lumina Magalhães.

Assim, a yoga aliada ao Bhagavad Gita soma e potencializa o entendimento de quem somos, afastando qualquer ideação ilusória.

Por isso, Raul Seixas traduzia para o português essa concepção de que somos o início, o fim e o meio, levando à baila essa nossa reconexão com a natureza primordial dentro de cada um e ao redor de todos.