Arapiraca

Consumo de água contaminada aumenta casos de diarreia e vômitos

Alerta do Hospital Regional de Arapiraca

Por 7Segundos com Assessoria 10/12/2017 11h11
Consumo de água contaminada aumenta casos de diarreia e vômitos
Falta de água em Arapiraca obriga moradores a pegar água de cacimba - Foto: Jânio Barbosa - 7 Segundos Arapiraca

Após as chuvas que caíram em outubro, aumentando os atendimentos ambulatoriais em casos de diarreia, o Hospital Regional de Arapiraca recomenda à população cuidados para o período de dezembro e início de janeiro.

Comparado ao mês anterior, novembro apresentou queda no número de casos, mas segundo a coordenadora de Epidemiologia da instituição, Nelva Rubia, a vigilância tem que ser permanente.

“Infelizmente a população ainda bebe água não tratada e que vem diretamente de cacimbas. Isso tudo acarreta em doenças”, argumentou Rubia.

No Hospital Regional de Arapiraca, que atende a diversos municípios da região, é comum pacientes chegarem com sintomas de diarreia, vômitos e dores abdominais decorrentes de ingestão de água contaminada.

Este ano, 88 pacientes já foram internados, precisando de medicação venosa, entre outros procedimentos. Ainda segundo a coordenadora do Regional, as secretarias municipais são avisadas quando há aumento nos casos, afim de que possam tomar as medidas necessárias, como uso de hipoclorito de sódio nas caixas de água das residências.

Para o médico Adailton Leão, a prevenção é simples: acesso à água tratada, filtrada e/ou fervida para evitar os problemas. “Água é um líquido precioso e vital para a vida, mas ela também traz doenças quando não é limpa”, falou.

“Esse é um trabalho fundamental que os agentes de saúde fazem e que tem grande importância para a redução dos problemas”, acrescentou.

Para o Provedor Geraldo Magela, a divulgação dos dados é necessária para que a população tenha conhecimento do trabalho realizado no Hospital, mas sobretudo, para que as pessoas tomem suas precauções.

“Beber água parece ser um ato tão simples e necessário aos seres vivos. Mas todos têm que ter cuidados adicionais para que, matar a sede, não traga riscos à saúde”, comentou.

No período das chuvas, que compreende os meses de maio a junho, o Regional chegou a ultrapassar os três mil atendimentos.