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Concursos públicos previstos para 2018 podem oferecer 78,8 mil vagas em todo país

Com restrição nos concursos federais, concursos estaduais e municipais são alternativa a candidatos

Por G1 16/01/2018 09h09
Concursos públicos previstos para 2018 podem oferecer 78,8 mil vagas em todo país
Concursos públicos oferecem diversas vagas no país - Foto: Divulgação/ Internet

Com a escassez de concursos federais no país, os candidatos que buscam uma vaga no serviço público terão de ficar de olho principalmente nas seleções estaduais e municipais. Nessas duas esferas, segundo levantamento do G1 em todos os estados, o total de vagas chega a 61,5 mil vagas.

Mesmo com a restrição em decorrência do ajuste fiscal para equilibrar as contas públicas, alguns órgãos federais aguardam autorização para realizar concursos, entre eles IBGE, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Receita Federal, Ministério da Fazenda e Banco Central, cujas seleções costumam ser bastante disputadas.

O Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão informa que não antecipa informação sobre pedidos de concursos sob análise. O total de vagas previstas entre os órgãos que aguardam autorização do governo federal e os que já foram confirmados chega a 17,3 mil.

Assim, somando os poderes municipal, estadual e federal, o total de vagas chega a 78,8 mil.

 

Restrição federal

O Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão informa que em 2018 os concursos públicos nos órgãos do Poder Executivo Federal permanecem restritos em decorrência do ajuste fiscal. Dentro desse cenário, o ministério poderá conceder novas autorizações, mas apenas em caráter excepcional, por medida de absoluta necessidade da administração e desde que asseguradas as condições orçamentárias.

No entanto, em outubro do ano passado, o ministro Dyogo Oliveira informou que o governo federal voltará a fazer concursos públicos em 2018. Nos últimos três anos, o governo federal abriu poucos concursos, a maior parte para substituir terceirizados ou contratar temporários, em razão da piora nas contas públicas. Oliveira diz que a abertura de vagas neste ano será limitada ao número de servidores que deixarem os cargos.

Não há definição de órgãos que abrirão os concursos, mas, segundo ministro, mesmo que saia servidor, não necessariamente haverá reposição, e poderá haver contratação em órgãos que não tenham remoção ou saída. Até 2027, quase 40% dos servidores públicos do Executivo Federal, cerca de 216 mil pessoas, deverão se aposentar, segundo o próprio governo.

 

Orçamento para concursos

De acordo com o anexo V da Lei Orçamentária Anual, o governo federal pode contratar até 20.298 servidores por concurso público no Executivo neste ano para ocupar cargos que já existem e estão vagos ou substituir terceirizados.

Desse total, 1.533 são para o efetivo militar, 17.078 são para cargos civis, 320 são para substituição de terceirizados e 1.367 são para policiais civis, militares e bombeiros do Distrito Federal. Não existe previsão de criação de cargos para o Poder Executivo no Orçamento de 2018, segundo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.

Nos Poderes Legislativo e Judiciário, que poderão autorizar as contratações de forma independente, são 1.116 vagas. Para o Ministério Público da União e Conselho Nacional do Ministério Público, estão previstas outras 25 e, para a Defensoria Pública da União, mais 14 vagas. Há ainda previsão de criação de vagas no Poder Judiciário (5.028) e na Defensoria Pública da União (1.507).

 

Eleições restringem nomeações

Como neste ano haverá eleições para presidente, governadores e Congresso Nacional, haverá restrição na nomeação, contratação ou admissão do servidor público nos três meses que antecedem o pleito, marcado para 7 de outubro, até a posse dos eleitos, ou seja, de 7 de julho a 1º de janeiro de 2019.

A restrição das contratações vale para a esfera em que ocorre a eleição, no caso deste ano, nos âmbitos federal e estadual - no âmbito municipal, as nomeações ocorrem sem restrições. Mas caso a homologação do concurso (divulgação do resultado final) seja feita até três meses antes das eleições, ou seja, até 7 de julho, as nomeações podem ocorrer em qualquer período do ano.