Fonoaudióloga do HE do Agreste orienta sobre cuidados com a voz no carnaval

Com a chegada do carnaval, as pessoas precisam ficar atentas à exposição ao barulho excessivo nos quatro dias da folia de Momo. Isso porque, a festa é marcada por muita curtição, músicas estridentes e competição sonora de todos os lados, principalmente dos trios elétricos, bandas de música e do som automotivo potente dos veículos.
Por conta disso, as pessoas são forçadas a conversar mais alto e acabam comprometendo a integridade das pregas vocais, gerando desvios da função da fala. A fonoaudióloga do Hospital de Emergência do Agreste, em Arapiraca, Bárbara Beatriz, salienta que a voz e a audição precisam de cuidados especiais nessa época do ano.
A especialista orienta os foliões a beberem bastante líquido, a exemplo de água, sucos e água de coco para a hidratação e a prevenção do ressecamento da região laríngea. Essa atitude irá, consequentemente, ajudar a preservar as pregas vocais, para a redução do risco de atrito entre ambas.
Bárbara Beatriz lembra que líquidos muitos gelados, como as bebidas alcoólicas não favorecem a hidratação. “É importante que as pessoas evitem falar diante de fontes sonoras com barulho excessivo. Esse hábito acaba obrigando a elevar a intensidade vocal, no intuito de ser compreendido e gera um desgaste nas pregas vocais, podendo até desencadear uma disfonia, que é uma alteração ou enfraquecimento da voz”, esclarece.
Dicas
Outro alerta da fonoaudióloga é em relação ao repouso vocal. “Da mesma forma que a musculatura do nosso corpo necessita do repouso, nossas pregas vocais, que são músculos, também precisam desse repouso para suportar a demanda que virá posteriormente”, acrescenta Bárbara Beatriz.
A fonoaudióloga do Hospital de Emergência do Agreste ainda recomenda os foliões usarem roupas leves que favoreçam a respiração. “Como a voz é produzida através do fluxo respiratório, que permite as pregas vocais vibrarem, a partir do momento que a roupa não favorece um bom padrão respiratório, a qualidade vocal estará comprometida”, acrescenta.
Beatriz chama a atenção para que as pessoas evitem o consumo de alimentos que provoquem refluxo gastroesofágica. Isso porque, segundo a especialista, a acidez do estômago, no momento do refluxo, molha as pregas vocais e provoca irritação da mucosa, pigarro e sensação de bolo na garganta.
Outra dica refere-se aos cuidados com a automedicação. “É comum, após quadro disfônico, as pessoas apelarem para pastilhas, sprays que costumam diminuir o incômodo, uma vez que, além de mascarar os sintomas, esses anestésicos não têm efeito de tratamento e são apenas paliativos que dão uma sensação de alívio”, explica a fonoaudióloga do HE do Agreste.
Para os profissionais que trabalham com a voz, Bárbara Beatriz recomenda as mesmas orientações para os foliões, porém, com o reforço de um fonoaudiólogo que possa desenvolver um programa de aquecimento e desaquecimento vocal, para ser adotado com eficácia durante os dias de grande sobrecarga na voz.
Últimas notícias

Promessa da natação, adolescente fica paraplégico após acidente em competição na Argentina

Lula diz que vai a enterro de Mujica: ‘Espera que a carne se vá, mas as ideias fiquem’

Novo tipo de golpe com IA usa sua voz e dados contra você

Mais um policial militar reformado é baleado em Maceió; buscas pelo suspeito continuam

Rodrigo Cunha: duplicação da Durval de G. Monteiro deve reduzir em até 50% tempo de deslocamento entre o Ibama e o Viaduto da PRF

Os jovens pedem conselhos de vida ao ChatGPT, diz Sam Altman
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
