Caso Cleiciane: “Espero justiça. Quem fez isso que pague”, desabafa mãe
Exame de DNA deve sair em 30 dias
O 7Segundos segundos conseguiu com exclusividade o depoimento de Cledja Pereira, mãe da menina Cleiciane Pereira da Silva, de dez anos, desaparecida desde junho de 2017. Na quinta-feira (15), uma ossada humana foi achada em um matagal na cidade de Igaci que pode pertencer a menina.
Abalada, Cledja conversou com o repórter Jânio Barbosa e contou como ficou sabendo da ossada e o que a faz pensar ser de sua filha. Um vizinho teria questionado ela sobre o achado da ossada humana, mas a mãe ainda não sabia do que se tratava. Horas depois, o IML entrou em contato com Cledja e solicitou que ela fosse fazer o reconhecimento no Instituto.
Em razão da decomposição do corpo, a mãe foi ao IML fazer o reconhecimento de algumas roupas achadas no local. Ela reconheceu a blusa lilás e o short jeans como sendo as roupas usadas pela filha na última vez em que ela foi vista com vida.
A mãe sustentou, durante entrevista ao 7Segundos, a versão de que acredita que a filha saiu de casa na direção da residência da avó, que reside próximo de onde o corpo foi achado. Várias versões sobre o desaparecimento de Cleiciane surgiram desde seu sumiço, entre elas, a de que a menina foi vista entrando em um carro. A mãe não acredita que ela tenha entrado em um veículo estranho por vontade própria e acha que, se aconteceu, ela foi forçada.
Cledja também disse que tinha esperanças de encontrar a filha ainda com vida, mas depois de reconhecer as roupas, teve a certeza que a ossada é da menina e desabafa: “Isso é um monstro quem fez isso com a minha filha”. A mãe relembrou a procura por Cleiciane, os apelos por seu paradeiro junto à imprensa e lamenta: Cheguei a pensar que ela tivesse sido trancada ou guardada em algum canto. Meu pensamento era esse. Não achei que ia achar só os ossinhos [sic]”, diz em lágrimas.
A mãe de Cleiciane também revelou que o IML informou de forma não oficial que a menina tem uma fratura em uma das costelas. “Disseram que foi tipo um machucão, um acidente na costelinha dela. Uma fratura ou ela foi arremessada pra fora do carro [sic]”, revela a mãe.
Em entrevista à rádio Pajuçara, no programa Pajuçara na Hora, o delegado Thiago Prado afirmou que o aparecimento do possível corpo da Cleiciane deve ajudar a acelerar a conclusão do inquérito. “Quando a gente trabalha com casos de desaparecimentos de pessoas, onde não há vestígios físicos, é bastante dificultoso. Com o aparecimento do corpo em Igaci facilita a investigação e tende a focalizar alguns pontos da investigação que a gente vinha trabalhando."
E continuou:"Seria prematuro afirmar categoricamente que se trata do corpo da Cleiciane, porém a mãe dela reconheceu as vestes, que coincidem com as mesmas roupas, características de cor e modelo que estavam vestindo a menor Cleiciane no dia de seu desaparecimento, mas evidente que precisamos aguradar a realização de exames de DNA pelo Instituto Médico Legal e Instituto de Criminalística pra gente definir. Existe mais de uma linha de investigação que estava sendo trilhada pela Polícia Civil acerca desse caso. Com o aparecimento do corpo em Igaci, nós iremos verificar junto ao IML a existência de algumas lesões, a possível constatação da causa mortis, entre outros fatores que possam contribuir para que a gente foque uma ou duas linhas de investigações apenas, e com isso imprimir uma celeridade maior na solução do caso [sic]”.
O delegado disse ainda que em cerca de 30 dias encerra o prazo para o parecer final do exame de DNA da menina, mas que enquanto o laudo não sai a PC deve se debruçar nas investigações.