Jorge e Mateus deram uma rara entrevista ao "Conversa com Bial" de quinta-feira (5). A dupla sertaneja falou dos filhos, do estouro da carreira e da polarização política que assola o país.

"Já publiquei minhas vontades políticas e quase fui linchado por isso. Como quando pus a foto de um candidato que não queria que fosse representante máximo da nação", recorda Mateus. "A gente não toma partido. Odeio ser criticado por pessoas que não me conhecem. Na internet se acham dignos de julgar tudo, mas sem consciência do assunto", completa Jorge, que evita se meter em polêmicas.

Eles contam o segredo para acumular 13 anos de sucesso e emplacar as 14 músicas do álbum mais recente entre as 100 mais tocadas nas plataformas online.

"A gente se preocupa bastante com a escolha do repertório. Como também não fazemos trabalhos novos todos os anos, é complicado escutar, escolher, gravar, o pessoal fica esperando, tem uma expectativa boa", diz Jorge.

"É muito ouvido. Escutamos mais de duas mil músicas no ano. Tem uma fartura musical gigantesca. Temos ideias diversas quase sempre, porque o Jorge escuta algumas coisas e eu escuto outras", fala o companheiro de palco.

Uma das duplas mais requisitadas para fazer parceria com outros artistas, Jorge e Mateus dizem que procuram ajudar os colegas. "O sertanejo teve um ápice recente, com artistas de outros ritmos chamando para gravar junto. A gente tem que dar uma mãozinha de vez em quando. Enquanto não tem uma música estourada nas rádios, as portas não se abrem".

O crescimento da família causou mudanças em suas vidas - Jorge é pai de Davi, e Mateus, de Dom. "Somos dois caras que gostam demais de ficar em casa, da rotina caseira. Agora, essa vontade triplicou. Façam filhos, é maravilhoso”, comenta Mateus. "Trabalhar é muito bom, mas se torna muito mais difícil sair de casa e muito mais rápido a chegada", admite Jorge.