Tecnologia

Ministério Público pede que brasileiros reiniciem já os seus roteadores

Por Olhar Digital 08/06/2018 07h07
Ministério Público pede que brasileiros reiniciem já os seus roteadores
Roteador de internet - Foto: Ilustração

A Comissão de Proteção dos Dados Pessoais do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) emitiu nesta quinta-feira (7) uma recomendação para todos os brasileiros com acesso à internet: reiniciem seus roteadores.

Na verdade, o órgão está reforçando um alerta emitido pelo FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, em maio. A recomendação do órgão norte-americano valia para todas as pessoas e empresas em qualquer lugar do mundo que usem um dispositivo de distribuição de sinal Wi-Fi.

Por quê? O FBI diz que um vírus russo está infectando roteadores do mundo todo. "Todos os proprietários brasileiros devem reiniciar os aparelhos para interromper temporariamente o vírus e ajudar na identificação potencial de roteadores infectados", disse o MPDFT em nota.

O malware em questão se chama VPNFilter e seria capaz de bloquear o tráfego por alguns sites, coletar informações de usuários e até desativar os roteadores remotamente por completo. O FBI não sabe dizer exatamente quantos aparelhos estão infectados.

De acordo com uma análise recente da empresa Cisco, ao menos 500 mil roteadores em 54 países possuem o VPNFilter instalado. Marcas como Linksys, MikroTik, Netgear e TP-Link estão entre as afetadas pelo vírus, que teria sido feito por hackers russos.

No entanto, segundo o FBI, o número de roteadores infectados pode ser bem maior do que o estimado pela Cisco. Além de reiniciar os aparelhos, as autoridades também recomendam que usuários troquem suas senhas de acesso ao roteador e atualizem o firmware do dispositivo.

O MPDFT diz que investiga desde setembro do ano passado fraudes bancárias, como estelionatos e furtos, cometidos por meio de roteadores infectados, e por isso está reforçando o alerta do FBI. O órgão afirma também que está trabalhando com a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos da Polícia Civil na investigação, que corre sob sigilo.