Economia

Construtores de Arapiraca querem mais prazo para se adequarem às novas regras

200 unidades construídas na cidade não puderam ser financiadas pelo programa

Por 7Segundos 14/02/2019 09h09
Construtores de Arapiraca querem mais prazo para se adequarem às novas regras
Empresários irão formar comissão para pleitear mais prazo para venda de 200 imóveis construídos em Arapiraca - Foto: Divulgação

Cerca de 50 empresários da construção civil se reuniram na quarta-feira (13), em Arapiraca, para discutir providências sobre as novas regras para o financiamento habitacional do Minha Casa Minha Vida. Desde o final do ano passado, o programa passou a exigir que as residências tenham estrutura de laje e não houve tempo hábil para que unidades construídas ainda pelas regras antigas fossem financiadas.

Conforme levantamento feito pelos próprios construtores, existe em Arapiraca 200 unidades habitacionais que no momento não podem ser financiadas pelo programa federal. As casas estão prontas para morar, mas os construtores não conseguem vender sem que os clientes possam obter os benefícios do Minha Casa Minha Vida.

"A nossa intenção não é burlar as regras do programa e continuar construindo sem laje, como fazíamos antes. O que a gente quer é prazo para conseguir vender essas unidades", afirmou um dos empresários que estiveram na reunião.

De acordo com eles, estava estabelecido que as novas regras do programa federal entraria em vigor no final do ano passado, mas no começo de dezembro foram surpreendidos ao saberem que os clientes não poderiam mais contratar com os benefícios. 

A surpresa foi um baque para o setor imobiliário de Arapiraca e qua também movimenta outros setores da construção civil, como lojas de construção, além de da geração empregos indiretos para famílias de baixa renda. Os pequenos empreendedores, aqueles que constroem poucas unidades por vez, foram os mais prejudicados. Sem receber pela venda das casas já construídas, ficaram sem capital para construir novas unidades, dentro das novas regras.

Conforme levantamento feito pelos próprios empresários, cerca de 40 construtores estão atualmente de braços cruzados, assim como outras 600 pessoas que trabalhavam nessas empresas. Eles estimam que outras mil pessoas também tiveram a renda afetada pela paralisação na construção das casas e em torno de R$ 40 milhões deixaram de circular na cidade, desde o final de dezembro, por conta disso. 

No encontro, realizado no auditório da CDL, os empresários decidiram pela formação de uma comissão para pleitear junto à Caixa mais prazo para que essas 200 unidades possam ser vendidas com os benefícios do Minha Casa Minha Vida.