Construtores de Arapiraca querem mais prazo para se adequarem às novas regras
200 unidades construídas na cidade não puderam ser financiadas pelo programa

Cerca de 50 empresários da construção civil se reuniram na quarta-feira (13), em Arapiraca, para discutir providências sobre as novas regras para o financiamento habitacional do Minha Casa Minha Vida. Desde o final do ano passado, o programa passou a exigir que as residências tenham estrutura de laje e não houve tempo hábil para que unidades construídas ainda pelas regras antigas fossem financiadas.
Conforme levantamento feito pelos próprios construtores, existe em Arapiraca 200 unidades habitacionais que no momento não podem ser financiadas pelo programa federal. As casas estão prontas para morar, mas os construtores não conseguem vender sem que os clientes possam obter os benefícios do Minha Casa Minha Vida.
"A nossa intenção não é burlar as regras do programa e continuar construindo sem laje, como fazíamos antes. O que a gente quer é prazo para conseguir vender essas unidades", afirmou um dos empresários que estiveram na reunião.
De acordo com eles, estava estabelecido que as novas regras do programa federal entraria em vigor no final do ano passado, mas no começo de dezembro foram surpreendidos ao saberem que os clientes não poderiam mais contratar com os benefícios.
A surpresa foi um baque para o setor imobiliário de Arapiraca e qua também movimenta outros setores da construção civil, como lojas de construção, além de da geração empregos indiretos para famílias de baixa renda. Os pequenos empreendedores, aqueles que constroem poucas unidades por vez, foram os mais prejudicados. Sem receber pela venda das casas já construídas, ficaram sem capital para construir novas unidades, dentro das novas regras.
Conforme levantamento feito pelos próprios empresários, cerca de 40 construtores estão atualmente de braços cruzados, assim como outras 600 pessoas que trabalhavam nessas empresas. Eles estimam que outras mil pessoas também tiveram a renda afetada pela paralisação na construção das casas e em torno de R$ 40 milhões deixaram de circular na cidade, desde o final de dezembro, por conta disso.
No encontro, realizado no auditório da CDL, os empresários decidiram pela formação de uma comissão para pleitear junto à Caixa mais prazo para que essas 200 unidades possam ser vendidas com os benefícios do Minha Casa Minha Vida.
Veja também
Últimas notícias

Mãe acusada de negligência tem quatro filhos retirados de seu convívio em Teotônio Vilela

Racismo no futebol cresce, apesar de campanhas, alerta Observatório

Suspeito de homicídio em Igreja Nova é preso pela Polícia Civil em Arapiraca

Paciente psiquiátrico faz ameaças com facas e é contigo pela PM após 3h de negociação, em Arapiraca

MEC divulga resultado da primeira chamada do Pé-de-Meia Licenciaturas

Jornalista alagoano e ativista PCD, Gustavo Amorim, morre aos 35 anos
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
