Ortopedista faz alerta sobre peso de mochilas escolares
Hospital participa de campanha com a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia
A volta às aulas é um período em que crianças e adolescentes utilizam mochilas para carregar os livros didáticos, cadernos, lápis, estojos e até brinquedos para a escola.
Os modelos e os preços são os mais diversos, mas a escolha correta da mochila é muito importante para a saúde dos jovens.
Por conta disso, o Hospital de Emergência Daniel Houly, em Arapiraca aderiu à campanha da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), Regional de Alagoas, para orientar as pessoas acerca do uso correto desse tipo de acessório.
A recomendação é de que a mochila tenha até 10% do peso de uma criança, informa o médico-ortopedista Raimundo de Araújo Filho, que também é presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia em Alagoas.
“Se o peso não for bem distribuído, ele pode provocar postura incorreta e, também, problemas na coluna vertebral da criança e repercutir na vida adulta”, alerta Raimundo de Araújo.
O especialista adianta que o peso deve ser bem distribuído entre os dois ombros. O médico do HE do Agreste orienta os pais optarem por mochilas com alças largas, de no mínimo quatro centímetros, e orientar a criança para nunca carregar a mochila por uma única alça.
“O correto é ajustar as alças para que a mochila fique bem encostada ao corpo, com a base cinco centímetros acima da linha da cintura’, salienta.
Em relação às mochilas com rodinhas, Raimundo de Araújo diz que esse acessório também pode provocar lesões. O ortopedista recomenda que a alça que a criança puxa deve estar no nível da cintura e o braço estendido.
“Esse tipo de procedimento deve ser alternado a cada 15 minutos, com a troca de braços, para evitar o peso em um dos lados do corpo”, explica.
O médico do Hospital de Emergência Daniel Houly aconselha os pais ou responsáveis verificar sempre a postura dos filhos no uso das mochilas. “O sobrepeso no acessório e o uso incorreto podem gerar problemas não só os ombros, mas nos quadris, joelhos e tornozelos das crianças e adolescentes”, complementa o ortopedista.