Sesau capacita profissionais do HE do Agreste sobre doação de órgãos para transplantes
Em Alagoas, 236 pacientes aguardam a doação de rim, duas pessoas estão na fila à espera de um novo coração e 204 pacientes aguardam transplante de córnea no estado.
A Secretaria de Estado de Saúde (Sesau), por meio da Central de Transplantes de Alagoas, promoveu nesta segunda-feira (1), no Hospital de Emergência Daniel Houly, em Arapiraca, mais um módulo da capacitação com os profissionais de saúde acerca dos procedimentos técnicos e das normas para a doação de órgãos para transplantes.
O treinamento ocorreu no auditório do HE do Agreste e contou com a participação de diretores e representantes da recém-criada Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT).
A coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, Daniela Barros, e a assistente social Kelly Karina Correia foram as facilitadoras da capacitação, que já realizou os dois primeiros módulos do treinamento com os gestores e médicos do hospital.
Daniel Barros afirma que esses encontros têm como propósito maior promover a reciclagem dos conhecimentos e técnicas das equipes multiprofissionais que trabalham no atendimento direto às vítimas de traumas de alta complexidade.
Em janeiro deste ano, por meio de Portaria autorizada pela gerente-geral Regiluce Santos, com o apoio da Sesau, criou a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT).
Até o ano passado, o HE do Agreste possuía apenas 40 leitos e não podia solicitar a habilitação para fazer parte da rede de doação de órgãos e tecidos para transplantes.O Ministério da Saúde preconiza que somente as unidades com mais 80 leitos podem implantar a comissão.
Depois dos investimentos feitos pelo Governo de Alagoas, com a ampliação para 120 leitos de internação e UTI, o Hospital de Emergência Daniel Houly conseguiu implantar a comissão, que será responsável por adotar todos os procedimentos médicos e técnicos em articulação com a Central de Transplantes de Alagoas.
“A notificação de morte encefálica não significa que haverá transplantes de órgãos. É preciso que a família autorize o procedimento e sejam feitos exames detalhados para a junta médica possa atestar se os órgãos estão compatíveis e em perfeitas condições para o transplante”, explica Daniel Barros.
A coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas revela que, atualmente, 236 pacientes aguardam a doação de rim, duas pessoas estão na fila à espera de um novo coração e 204 pacientes aguardam transplante de córnea no estado.
Avanços
Daniela Barros lembra que, no ano de 2016, um levantamento feito mostrava que 71% dos familiares de pacientes com morte encefálica comprovada não autorizavam a doação de órgãos. “Por meio de um trabalho coletivo, conseguimos reduzir esse indicador para 44% e já conseguimos realizar 233 transplantes nos últimos dois anos em Alagoas”, destaca.
A gerente-geral do HE do Agreste, médica Regiluce Santos, ressalta a parceria e o trabalho unificado entre o hospital, a Central de Transplantes de Alagoas e a Secretaria de Estado da Saúde.
“Estamos avançando a cada dia no processo para a implantação efetiva da nossa comissão interna, que vai coordenar o processo de identificação, captação e doação de órgãos. Com certeza, o nosso hospital vai contribuir com essa rede e ajudar mais alagoanos a sair da fila de espera e voltarem a ter uma vida normal”, completou.
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