Acusado de beber sangue de ex-mulher em Igreja Nova é autuado por feminicídio
José Fernando alega não lembrar de ter cometido crime, mas confirmou as agressões
O homem acusado de esfaquear e beber o sangue da ex-mulher, na última sexta (5), no povoado Sítio Novo, zona rural de Igreja Nova, foi autuado por crime de feminicídio, que é quando o homicídio está ligado à condição feminina, termo que anteriormente era designado como “crime passional”.
Divaci dos Santos, 42, conhecida pelo apelido de “Nova”, havia se separado havia três dias antes de ser assassinada por José Fernando Alves da Silva, 42. Caso vá a julgamento por crime de feminicídio, o acusado pode ser condenado até a 30 anos de prisão. Os detalhes do crime, revelados pela filha da vítima que chegou ao local pouco depois do assassinato, chocaram até mesmo os policiais.
A testemunha contou a polícia que, além de esfaquear a ex-companheira na barriga, o acusado teria bebido o sangue de Divaci dos Santos. No momento em que José Fernando foi preso, ele estava dormindo ao lado do corpo da vítima e tinha sangue na boca.
A polícia apurou que as brigas entre o casal eram frequentes e que a mulher foi agredida várias vezes. No dia em que ela resolveu se separar, na quarta-feira (3), ela se defendeu das agressões usando uma estaca e provocou um ferimento no pé de José Fernando.
Em depoimento à polícia, o homem admitiu agredido a companheira durante as discussões do casal, mas disse não lembrar de ter cometido o assassinato. No dia do crime, ele conta que passou a tarde ingerindo bebidas alcoólicas e por volta das 17h, foi até a casa da ex-mulher, mas não recorda o que aconteceu depois.
A Polícia Civil apurou que, durante discussão, o acusado pegou uma faca peixeira e golpeou a vítima no abdome. Após o crime, ele ainda teria lavado a faca e jogado em sima do telhado da casa, para impedir que a arma do crime fosse encontrada. Depois, ele teria deitado ao lado do corpo e bebido o sangue da vítima.
Uma filha de Divaci dos Santos chegou em casa pouco depois do ocorrido e chegou a chamar o socorro acreditando que a mulher poderia estar viva, mas quando a ambulância chegou ao local junto com a polícia, a morte da vítima foi confirmada.