Uma operação coordenada pelo delegado regional de Arapiraca, Igor Diego, resultou na prisão de cinco pessoas acusadas de assassinar José Alaercio da Silva, conhecido como "Zé Barbeiro", ocorrido em outubro do ano passado. A vítima teria se recusado a devolver uma criança adotada por ele aos pais biológicos e, por isso, foi assassinada.

A ação policial, que cumpriu mandados de prisão em Craíbas, Igaci e Arapiraca resultou na prisão de cinco pessoas: Renata Feitosa da Silva, apontada como mandante; e Wilian da Silva; Beto Nazário; Denisvaldo da Silva; conhecido pelo apelido de "Bateria"; e Edivan da Silva Santos.

De acordo com o delegado Igor Diego, Renata e Wilian tiveram um relacionamento amoroso, que terminou quando o homem decidiu ir morar em São Paulo. Anos depois, quando retonou para Craíbas, retomou o relacionamento e descobriu que Renata havia tido uma filha dele. 

A mulher, no entanto, havia doado a criança para José Alaercio e a esposa, porque eles não podiam ter filhos. "A criança, inclusive, foi registrada em nome de Renata e de Zé Barbeiro, como pais biológicos", explicou. 

Wilian e Renata tentaram retomar a guarda da criança, mas a vítima e a família se recusaram a entregar a menina. "Por conta disso, Renata tramou a morte da vítima, que foi assassinada cruelmente a pauladas", relatou o delegado.

Além do casal, dois dos outros presos eram conhecidos por cometer outros crimes na região. Edivan Santos tem ficha criminal por ameaça e porte ilegal de arma de fogo e havia um outro mandado de prisão contra ele por homicídio. Já Denisvaldo, apelidado de "Bateria", era conhecido como "terror" na região, devido a prática de vários assaltos.

O corpo de José Alaercio foi encontrado, com um ferimento profundo na cabeça, no dia 13 de outubro do ano passado, ao lado de sua motocicleta, em uma estrada vicinal que dava acesso ao sítio Lagoa do Algodão, onde ele morava com a família.