Arapiraca

Com popularidade em queda, Sérgio Moro pede afastamento de cinco dias

Depois das conversas divulgadas pelo aplicativo telegram o ministro tomou tal decisão

Por Carta Capital 08/07/2019 11h11
Com popularidade em queda, Sérgio Moro pede afastamento de cinco dias
O grupo solicita a abertura de um processo administrativo disciplinar contra Moro - Foto: Fátima Meira / Futura Press

Ministro se ausentará do cargo entre os dias 15 e 19 de julho para ‘tratar de assuntos particulares’

Em meio à série de vazamentos envolvendo a força-tarefa da Lava Jato, o ex-juiz federal e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, vai se afastar do cargo por cinco dias, entre 15 e 19 de julho, segundo informado pela assessoria do ministério.

Em publicação do Diário Oficial da União desta segunda-feira 8, há autorização concedida do presidente Jair Bolsonaro para que Moro se ausente, com a justificativa de que o ministro irá “tratar de assuntos particulares”. A assessoria ainda não emitiu nota, mas confirmou à CartaCapital que o período em questão constituía férias do ministro.

No domingo 7, Moro esteve ao lado de Bolsonaro no Estádio do Macaranã para acompanhar a partida final da Copa América, que consagrou o Brasil campeão do continente pela nona vez. De acordo com o presidente, a presença do ministro seria para avaliar a popularidade de ambos. “O povo vai dizer se estamos certos ou não”, mencionou Bolsonaro.

Segundo a pesquisa mais recente do Datafolha, liberada neste domingo 7, o ministro sofreu impactos em sua imagem após a revelação das relações entre ele e o Ministério Público Federal, que somam condutas questionáveis entre as instâncias da justiça. Cinquenta e dois porcento da população avalia positivamente a atuação do ministro, comparado com 59% do último levantamento realizado em abril.

A versão sustentada por Moro, pelo procurador Deltan Dallagnol e por demais membros da Lava Jato é que os vazamentos são provenientes de um ataque hacker ilegal feito aos celulares dos envolvidos, e que, por isso, nenhum poderia atestar a autenticidade do conteúdo. As confirmações, no entanto, já vieram de um procurador integrante dos grupos de Telegram e do apresentador Faustão, que afirmou lembrar-se de conselhos dados ao ex-juiz.