MPE tenta salvar patrimônio histórico em ruínas no município de Pão de Açúcar
Ministério Público aguarda ação sobre em defesa do local

Um patrimônio histórico que poderia abrir as portas e servir de espaço cultural, tem colocado a vida da população de Pão de Açúcar em risco e como visitantes ratos, morcegos e escorpiões. O Paço Imperial- Casarão, situado no Centro, está em ruínas e o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL), por meio da Promotoria de Justiça da cidade, ajuizou uma ação civil pública em defesa do referido patrimônio histórico e cultural com pedido de tutela provisória, para que os proprietários e o Município assumissem as medidas emergenciais necessárias para a recuperação e conservação. Prestes a fazer um ano, o processo não avançou e há possibilidade maior de o prédio desabar.
De acordo com a promotora de Justiça, Martha Bueno, todos os procedimentos de incumbência do Ministério Público já foram adotados, inclusive as partes provocadas à responsabilidade ouvidas.
“Infelizmente, nenhuma das partes quer admitir sua obrigação. Os donos alegam que cabe à Prefeitura resgatar o patrimônio histórico e a Prefeitura afirma que sua responsabilidade se restringe, apenas, em conservar. Para nós é muito triste um prédio que poderia ofertar cultura, está desmoronando sem que as pessoas responsáveis se conscientizem dos seus deveres”, enfatiza a promotora Martha Bueno.
A representante do MPE/AL lembra que o prédio foi tombado como patrimônio histórico e, mesmo assim, não há interesse em evitar o seu fim. Pela ação ajuízada, os proprietários foram citados enquanto solicitada intimação da Secretaria Municipal de Cultura e o Estado de Alagoas.
Nos pedidos, a promotora Martha Bueno especificou os tipos de medidas urgentes na tentativa de salvar o casarão, como: colocação de tapumes no entorno do imóvel, para fins de isolamento da área a ser restaurada, para assim evitar depredação; também a necessidade de limpezas, estabilização e contenção estrutural para impedir o desabamento. Ainda estabeleceu multa diária no valor de R$ 5 mil, para cada réu, caso descumprissem o que a Justiça viesse a determinar.
O casarão
O imóvel integra a rota histórica “Caminhos do Imperador”, em Alagoas, na rota do Rio São Francisco cuja maior referência foi ter sido utilizado como hospedagem do Imperador D. Pedro II, quando o mesmo esteve na região no período de 17 a 22 de outubro de 1859.
Veja também
Últimas notícias

Quatro assaltantes armados são presos por roubo na BR-424, em Rio Largo

Promotora entra com recurso de apelação para aumentar pena de homem que matou ex em Murici

Estudantes brigam dentro de sala de aula em escola estadual em Porto Calvo

'Brasil tem capacidade logística para ampliar exportações', afirma Renan Filho, no Japão

Carlos Cavalcanti assume presidência do Tribunal de Justiça de AL a partir desta quarta (26)

Julgamento de motorista embriagado que causou morte em Pilar ocorre nesta quarta (26)
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
