Policial Militar bate em carro parado e mata bebê de nove dias
Segundo a polícia, o PM perdeu o controle do seu carro, um Citroën C3, após bater no retrovisor de um veículo parado na rua
Um policial militar embriagado bateu em um carro estacionado, matando um bebê de nove dias, na madrugada desta quarta (1º), em Itatiba. Segundo a polícia, o PM perdeu o controle do seu carro, um Citroën C3, após bater no retrovisor de um veículo parado na rua, desviar e atingir um Chevrolet Celta estacionado do lado oposto da via.
Dentro do carro estavam a dona de casa Gerlaine Sodré de Jesus, 27, com duas filhas, Viviane Sodré da Silva, de sete dias, e outra de 3 anos. A bebê bateu a cabeça com força no volante e a mãe a irmã também ficaram feridas.
Segundo o pai da recém-nascida, o jardineiro Juliano Xavier da Silva, 32, a família passava o Réveillon na casa de um parente e todos estavam na rua para ver a queima de fogos. Por causa do barulho, Gerlaine entrou no carro da família, que estava estacionado na rua, com as filhas e aproveitou para amamentar a bebê.
"Logo depois que ela entrou [no veículo], veio o carro em alta velocidade e bateu roda com roda, jogando o meu carro na calçada", afirmou Silva. Gerlaine e as duas crianças foram encaminhadas à Santa Casa da cidade.
A recém-nascida foi submetida a uma cirurgia na cabeça. Porém, morreu por volta das 14h30 desta quarta-feira (1º). A mãe e a outra criança passam bem, segundo a família.
O policial foi detido por pessoas que estavam na rua, até a chegada da PM. Ele foi preso em flagrante por embriaguez ao volante e também responderá por lesão corporal culposa (sem intenção).
Segundo o boletim de ocorrência, o policial apresentava sinais de embriaguez, como dificuldade de equilíbrio e odor etílico.
A causa da morte da recém-nascida, segundo o pai, foi traumatismo craniano. Além de Viviane e da menina de três anos, o casal tem um garoto de 7 anos e uma adolescente de 12.
A SSP (Secretaria da Segurança Pública), gestão João Doria (PSDB), e a PM foram questionadas sobre quais medidas foram e serão tomadas contra o PM, mas ambas não haviam se posicionado até a conclusão desta reportagem.